Independentemente do perfil de negócio, otimizar processos é sempre positivo para os resultados. Isso é ainda mais importante se tratando de negócios altamente competitivos ou nos momentos de crise. Afinal, é preciso compensar as perdas.
Diante dessa necessidade de produzir mais, mais rápido e melhor, adotar as metodologias ágeis se tornou uma solução popular. Entre elas, a gestão lean tem ganhado adeptos com princípios claros, benefícios poderosos e fácil aplicação.
Siga a leitura para conhecer todos os detalhes desse modelo de trabalho e colocá-lo em prática na sua empresa!
O que é gestão lean?
Trata-se de uma metodologia ágil que tem o objetivo de cortar gastos extras e custos desnecessários visando aumentar as receitas. Nesse contexto, a gestão lean envolve estratégias como:
● eliminar atividades que não agregam valor;
● enxugar os desperdícios de recursos — tempo, matérias-primas, pessoas etc.;
● otimizar os processos para garantir tanto fluidez, quanto exatidão com as tarefas;
● simplificar operações.
Qual a sua origem?
Apesar de algumas características desse tipo de gestão já serem observadas desde o surgimento da administração científica, principalmente com Ford, tal metodologia somente se tornou o que é atualmente após a 2ª Guerra Mundial.
Nessa época, havia muita escassez no Japão. Diante disso, a recém-fundada fabricante de carros Toyota precisou mudar seu modelo de produção para competir no mercado. Assim, adotando estoques baixos de insumos e de produtos acabados, visando manter seu fluxo de caixa constante. Com isso, deu origem ao lean.
Quais os princípios básicos?
O que diferencia a gestão lean das demais metodologias ágeis são seus princípios básicos. Por meio deles é possível entender a filosofia por trás dessa abordagem enxuta. São eles:
● identificação de valor: envolve a definição do que o público-alvo precisa ou deseja para guiar desde o desenvolvimento até a venda dessa solução;
● mapeamento da cadeia de valor: implica em perceber dentro dos processos quais atividades realmente contribuem para o resultado final;
● criação de sistema puxado: restringe a realização de qualquer ação a existência de demanda de mercado;
● implementação de um fluxo de trabalho constante: propõe que uma operação sem interrupções é ideal para garantir eficácia, qualidade e rapidez;
● manutenção da melhoria contínua: fixa que o aperfeiçoamento deve ser frequente.
Quais benefícios oferece?
Tais princípios possibilitam que as empresas adotem a gestão ágil baseada em um modelo enxuto e, portanto, mais seguro economicamente. Mas esse não é o único benefício da implementação do lean. Outras vantagens são:
● economia a partir da redução de desperdícios operacionais e custos com atividades que não agregam valor;
● otimização dos recursos e melhor direcionamento dos investimentos para o que realmente gera resultados;
● qualificação da execução de tarefas e aumento da produtividade por meio da construção do fluxo ideal;
● redução dos ruídos na comunicação e melhoria no ambiente de trabalho oportunizando a ampliação da motivação da equipe;
● implemento de um processo de evolução e aperfeiçoamento constante;
● oferta de uma experiência superior para o cliente, que abrange desde a disponibilização de produtos ou serviços que atendam suas demandas até um atendimento diferenciado;
● aumento dos lucros baseado nos demais aprimoramentos realizados.
Como aplicar?
Não dá para negar que a gestão lean se apresenta como a solução ideal para o atual ambiente de negócios. Então veja o que fazer para aplicar essa metodologia em sua empresa!
Conte com os conhecimentos e capacidades da equipe
Entre os recursos desperdiçados nas empresas estão as capacidades e conhecimentos dos colaboradores. Na maioria das situações os envolvidos nos processos e beneficiários das melhorias buscadas não são ouvidos.
Em consequência, as soluções propostas ignoram fatores importantes ou deixam de atender as reais necessidades. Considerando a visão privilegiada que esses funcionários têm a partir de suas experiências, eles conseguem contribuir para evitar tais dificuldades.
Reduza os estoques
Do ponto de vista contábil, o que está investido em estoques — matéria-prima, insumos ou mercadorias prontas para vender — contribui para um resultado positivo. Entretanto, isso restringe o uso desse dinheiro, que deixa de estar disponível. Dessa forma, a liquidez da empresa fica comprometida, diminuindo sua capacidade de responder a crises e de aproveitar oportunidades.
Otimize os processos
Simplicidade e fluidez são características fundamentais para que os processos progridam. Ao revisar os fluxos de trabalho, padronizando tarefas e eliminando ações desnecessárias, a execução passa a ser menos complexa, reduzindo erros. Como efeito, não é necessário refazer as atividades. Desse modo, qualidade e agilidade são garantidos.
Invista em inovação
Uma atitude essencial para obter a melhoria contínua — um dos pilares da gestão lean — é investir em inovação. Fazer isso implica não só aderir a melhores práticas, mas também significa implementar novas tecnologias. Afinal, muitas das soluções de TI oportunizam otimizar processos e reduzir desperdícios.
Onde fazer a aplicação?
Tendo começado na indústria automotiva, esse modelo de gestão está muito associado às cadeias produtivas de fabricação de bens e mercadorias. Depois do surgimento do termo lean startup sua implementação nesse tipo de negócio também ganhou notoriedade.
No entanto, essa metodologia pode ser aplicada em diversos segmentos com sucesso e tem adaptado seus princípios às particularidades de cada ramo para isso. Os que se destacam em sua adoção são:
● construção civil;
● saúde — hospitais e laboratórios;
● serviços;
● educação;
● desenvolvimento de produtos;
● tecnologia da informação.
Quais ferramentas são úteis para a gestão lean?
As metodologias de desenvolvimento ágil por si só oferecem resultados positivos. Além disso, aprimoram esses efeitos utilizando ferramentas como:
● 5S: com objetivo de aperfeiçoar o local de trabalho, seu nome se refere a cinco conceitos cujos nomes em japonês iniciam pela letra S — Seiri (utilização), Seiton (organização), Seiso (limpeza), Seiketsu (padronização) e Shitsuke (disciplina) — que orientam as atitudes a serem tomadas;
● Just In Time (JIT): cria um fluxo de entradas e saídas reguladas pela demanda, mantendo o estoque no mínimo;
● Kaizen: essa filosofia auxilia no aperfeiçoamento de processos por meio de pequenas mudanças diárias;
● Kanban: usa meios de identificação visual para sinalizar o status de uma atividade;
● Jidoka: visa dar autonomia a equipe para interromper a cadeia produtiva ao perceberem perda de qualidade;
● Total Productive Maintenance (TPM): propõe um programa de manutenção preventiva e preditiva para eliminar desperdícios.
Aplicando a gestão lean, empresas de diversos segmentos podem usar ferramentas e princípios dessa metodologia ágil para aprimorar processos, reduzir desperdícios entre vários outros benefícios oferecidos por ela.
Para ajudar nisso, a Stefanini tem em seu portfólio um conjunto de soluções que respondem às constantes mudanças do mercado e melhoram o desempenho do negócio. Entre em contato conosco e promova uma transformação em sua empresa!