Estamos vivendo em uma era na qual o mundo está cada vez mais conectado e os meios digitais influenciam de maneira direta e crescente a transformação de todos os setores da indústria. As inovações frequentes são a razão pela qual as pessoas enxergam um futuro em que sejamos atendidos por robôs em estabelecimentos comerciais e realizaremos pagamentos utilizando apenas scanners de retina.
De fato, o futuro promete trazer muitas novidades neste aspecto, e algumas delas já podem ser encontradas no mercado atual — ainda que nem sempre vejamos com facilidade. Esse é o caso do core banking, um sistema que auxilia as instituições bancárias na tarefa de integrar serviços e criar uma infraestrutura simplificada e prática para as operações financeiras.
Hoje em dia, o setor bancário cresceu de forma significativa, deixando de ser apenas um sistema para o fornecimento de empréstimos e similares. Ele se transformou em uma área que oferece toda uma gama de produtos e serviços voltados para a economia pessoal e empresarial. O core banking realiza, justamente, a integração de todas as atividades inerentes ao sistema bancário.
Além dos clientes bancários na área de varejo, o core banking também é, hoje, a principal alternativa para a criação de soluções inovadoras e capazes de atender às demandas dos clientes corporativos — já que possibilita o fornecimento de serviços bancários abrangentes e úteis.
Dada a relevância desse conceito para o mercado financeiro, apresentaremos neste post o que é um sistema core banking, como ele funciona, suas características e benefícios, entre outras informações relevantes para gestores que desejem participar dessa nova era.
Quer saber mais? Então continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre o tema!
O que é core banking?
De acordo com a Gartner, core banking pode ser definido como um sistema de back-end que processa transações bancárias e publica suas atualizações em contas e outros registros financeiros.
Além disso, um sistema core banking normalmente conta com recursos de processamento de depósitos, empréstimos, crédito e também com interfaces para aplicações de contabilidade e ferramentas de relatórios.
Assim, trata-se de um software que desempenha um papel fundamental na missão de facilitar e processar vários tipos de operações importantes para os bancos e suas diversas agências.
Vale mencionar, ainda, que consumidores em todo o mundo têm aderido às facilidades do ambiente digital. E os clientes do setor bancário também esperam um serviço contínuo em vários canais e em todas as fases de interação e negociação com a empresa.
Desse modo, executivos de bancos focados no futuro buscam sempre desenvolver modelos de negócios que gerem experiências que, além de agradarem a seus clientes, possam ser utilizadas como novas fontes de receita — enquanto, é claro, trabalham nas relações de longo prazo com os clientes.
Uma infraestrutura core banking sob medida é capaz de fornecer toda a segurança, proteção e robustez sobre as quais os bancos construíram sua reputação. No entanto, considerando a alta demanda por escalabilidade e flexibilidade de sistemas desse tipo no mercado atualmente, as instituições bancárias tradicionais têm entendido que é inevitável não contar com uma arquitetura ágil, com tecnologia de ponta e capaz de se integrar a outros sistemas.
Por conta disso — e com a influência da onda de transformação digital do setor —, esse conceito tem ganhado impulso de forma rápida e incentivado a substituição de arquiteturas desatualizadas por novas plataformas de core banking.
Como funciona um sistema core banking?
A tecnologia avançada, a crescente demanda do mercado e uma série de concorrentes com recursos tecnológicos modernos têm sido um desafio para os serviços financeiros tradicionais, forçando os bancos a enfrentarem uma realidade cheia de novidades e com mudanças estruturais significativas.
Uma definição mais detalhada
Como mencionado, um sistema de core banking tipo é capaz de dar suporte, essencialmente, a funções de processamento de depósitos, empréstimos e créditos. Mas esse back-end vai além e também efetua o processamento de atividades como o gerenciamento de novas contas, cálculo de juros e atividades de gestão do relacionamento com o cliente.
Também vale mencionar que um sistema deste tipo visa capacitar tanto os clientes já existentes quanto os em potencial a terem maior liberdade nas transações em suas contas. Por causa da evolução tecnológica que estamos experimentando hoje, as transações agora são mais seguras, rápidas e simples.
O fato de que essas operações podem ser executadas de maneira remota, de qualquer parte do mundo, também fez com que os sistemas de core banking passassem a ter uma importância significativa no setor bancário atual.
Facilidades para clientes e empresas
A implementação de sistemas de core banking ajuda a reduzir de maneira considerável os custos operacionais, garantindo menor necessidade de mão de obra para sua execução.
Permite, também, que os clientes tenham ainda mais liberdade e controle, já que as plataformas baseadas em software desse tipo tornam os principais sistemas bancários fáceis de usar e mais eficientes.
Assim, os benefícios de uma implementação core banking abrangem diversos aspectos, acompanhando a rápida evolução do mercado, simplificando os processos bancários e tornando-os mais convenientes para os clientes — além de expandir o alcance dos bancos para locais remotos.
O uso da nuvem
Hoje, apenas uma pequena parte dos bancos disponibiliza suas funcionalidades em plataformas baseadas na nuvem. Enquanto isso, os bancos que não contam com sistemas core banking normalmente terceirizam seus dados com nuvens privadas.
No entanto, analistas e especialistas do setor esperam que mais bancos migrem para estruturas de core banking à medida que modernizam seus sistemas. Nesse cenário, as vantagens para as instituições são inegáveis, visto que essa mudança simplifica a automação bancária, ajuda a implantar novos serviços para os clientes de maneira mais rápida e possibilita a obtenção de facilidades que podem otimizar os resultados.
Dada a importância desse processo, para fazer uma transição bem-sucedida para o core banking baseado em nuvem, os líderes de TI do banco precisam se educar, encontrar os parceiros de tecnologia certos e estar abertos a uma nova maneira de fazer negócios.
Necessidade de infraestrutura dedicada
As técnicas tradicionais aplicadas por agências e bancos para tratar de suas funcionalidades online estão sendo abandonadas para dar lugar a grandes parcerias, nas quais os bancos se tornam orquestradores e gerentes de relacionamento que facilitam o acesso aos serviços mais inovadores e úteis, independentemente de como eles são originados.
Como resultado, é necessária uma infraestrutura local dedicada para se integrar perfeitamente aos sistemas de nuvem pública e privada, a fim de manter a funcionalidade básica do banco — além de oferecer suporte a novos modelos de negócios bancários.
Muitos dos sistemas bancários existentes são projetados, operados e mantidos como uma plataforma para desenvolver e fornecer produtos e serviços. No entanto, à medida que os bancos tentam adicionar recursos da indústria 4.0, canais de comunicação com o cliente e conexões externas, eles são prejudicados por problemas relacionados à estrutura antiga, rigidez do modelo de dados, falta de flexibilidade de aplicativos, redundância de TI e duplicação de trabalho.
O core banking inclui substituir, atualizar ou terceirizar os principais sistemas bancários das plataformas tradicionais para as mais digitais. A transformação da plataforma bancária avançou enormemente na última década e, de fato, tornou-se uma atividade que envolve toda a empresa, cobrindo a atualização ou substituição de vários produtos e operações funcionais.
No entanto, os sistemas bancários antigos que conectam a rede da instituição — e que permitem a liquidação mútua e a transferência de crédito entre instituições financeiras, além de relatórios regulatórios — são rigidamente estruturados e não conseguem lidar com dissociação, desativação e atualização.
Implementação bem-sucedida do core banking
A substituição da arquitetura tecnológica de uma instituição bancária não é instantânea. Processos de negócios inovadores devem acompanhar a nova plataforma ao proporcionar ganhos substanciais de eficiência.
Além disso, contar com as melhores práticas e combiná-las a modelos de equipe bem-alinhados é uma necessidade — bem antes da implementação completa — para garantir o retorno ideal do investimento.
Quando um banco decide implementar um sistema de core banking, os parceiros certos e a orientação estratégica correta podem fazer uma diferença fundamental. As equipes de core banking não devem ter medo de procurar aconselhamento de especialistas que tenham habilidade, experiência e a perspectiva necessária para lidar com a operação de maneira objetiva e eficiente.
Na verdade, considerando todas as pressões internas e externas envolvidas, a implementação do core banking exige apoio de parceiros com um histórico comprovado de excelência estratégica e execuções impecáveis, já que uma implementação bem-sucedida exige foco, adaptabilidade e comprometimento de todos os participantes — especialmente da equipe de liderança do banco.
A base de uma implantação bem-sucedida
Uma plataforma de core banking deve ser sustentada por princípios que garantam flexibilidade, capacidade de manutenção, escalabilidade e abertura. Abaixo falamos mais sobre alguns desses princípios para que a empresa possa alinhar tanto as suas expectativas quanto as expectativas de outras partes interessadas na implementação.
É preciso considerar, portanto, a adoção de uma solução completa em vez de uma tentativa de adaptar a arquitetura legada. O core banking deve ser flexível e ao mesmo tempo consistente, para que o banco possa oferecer a seus clientes recursos distintos, mas mantendo-se alinhado com os objetivos do negócio.
Além disso, é necessário:
- manter uma implantação baseada em padrões abertos para facilitar a integração com outras ferramentas e tecnologias;
- investir em nuvem privada, plataformas rápidas e com recursos avançados de segurança;
- contar com uma solução escalável horizontal e verticalmente e que suporte novos dados e clientes sem gerar problemas.
Mitigação de riscos por meio do alinhamento e comunicação
A implementação de um sistema de core banking requer um bom gerenciamento de mudanças em processos, eventos, regras e regulamentações, controles, funções, níveis de serviço e na maneira de fazer negócios.
Um aspecto sensível — porém essencial — desse processo é o fator humano (e sua potencial resistência à mudança). Portanto, é fundamental ter uma comunicação clara, consistente e contínua.
Os executivos, funcionários e demais colaboradores do banco devem entender e adotar a decisão de transformar os sistemas bancários. Todos devem compreender as razões e benefícios associados ao novo sistema.
O engajamento das partes interessadas começa com a definição dos requisitos do core banking até o fim da sua implementação. No entanto, isso só é possível se todos forem incentivados a participar ativamente da jornada de transformação, mantendo-se informados ao longo do caminho.
Para isso, é fundamental:
- capacitar funcionários e recursos confiados para obter resultados;
- criar equipes focadas na implantação dos recursos de core banking, com responsabilidades claras e sem sobreposições;
- focar na garantia de entrega ágil e pontual de resultados;
- assumir uma abordagem iterativa incremental com foco da direita para a esquerda, a fim de fornecer visibilidade antecipada;
- manter o foco nos resultados e benefícios da implantação do sistema;
- garantir que haja uma correta adaptação da cultura da empresa;
Características básicas
Um sistema de core banking conta com algumas características básicas, que devem ser comuns a todas as implementações. Confira a seguir quais são elas:
- foco no cliente;
- gerenciamento de depósitos e saques;
- gerenciamento de transações;
- processamento de pagamentos — em dinheiro, cheques e outros;
- dedicação ao gerenciamento do relacionamento com o cliente;
- projeção de novos produtos bancários;
- disponibilidade e administração de empréstimos;
- gerenciamento de contas;
- estabelecimento de critérios para saldos mínimos, taxas de juros, número de saques permitidos e questões do gênero.
Quais são os benefícios do core banking?
Uma infraestrutura baseada em core banking traz diversas vantagens, tanto para a empresa quanto para seus clientes. A seguir, listamos algumas delas.
Para a empresa
Para a instituição, as principais vantagens são:
- operações aprimoradas que atendem às demandas dos clientes e aos padrões da indústria;
- capacidade de introduzir novos produtos financeiros e gerenciar alterações nos produtos existentes;
- mesclagem contínua de dados de back office e operações de autoatendimento;
- padronização de processos dentro de bancos e agências;
- retenção de clientes por meio de um atendimento melhor;
- precisão nas transações e minimização de erros;
- gerenciamento aprimorado de documentação e registros — ter bancos de dados centralizados ajuda na rápida coleta de informações e relatórios;
- facilidade na apresentação de múltiplos relatórios para os órgãos governamentais e de regulamentação, como o Banco Central;
- conveniência na abertura de contas, processamento de caixa, manutenção de empréstimos, cálculo de juros, implementação de mudanças nas políticas (como alterações em taxas de juros), entre outras operações.
Para o cliente
O cliente também sai ganhando:
- toda a gama de produtos bancários, incluindo poupança, contas de depósito e afins estarão disponíveis em qualquer local;
- acessibilidade por meio de vários canais, incluindo internet banking em navegadores e aplicativos móveis multiplataforma;
- informações precisas, bem-localizadas e úteis sobre a sua relação com a instituição;
- visão que reduz a distância entre o banco e o cliente;
- aplicação prática do conceito de banco disponível em qualquer lugar, a qualquer hora;
- serviços mais rápidos nos balcões bancários para transações de rotina, como depósitos em dinheiro, saques, cadernetas bancárias, extrato de contas, saques à vista e afins;
- prestação de serviços bancários 24 horas por dia, 7 dias por semana, a qualquer momento e em qualquer lugar, por meio de caixas eletrônicos;
Vale notar também que, como todas as filiais acessam aplicativos de servidores centrais, os depósitos feitos em qualquer filial são refletidos imediatamente no sistema. O cliente pode, por exemplo, realizar saques em qualquer outro lugar no mundo inteiro.
Por fim, com o crescimento das tecnologias para o agronegócio, é bom ressaltar o quanto essa tecnologia é útil para agricultores. Por meio dela, é possível receber e acompanhar pagamentos digitais de forma direta e prática, na conta. As operações bancárias entre diferentes lugares e clientes ao redor do mundo ocorrem de maneira mais fácil, transparente e prática.
Soluções da Stefanini
Como uma empresa a favor da transformação digital e da evolução nas operações bancárias, a Stefanini (uma das maiores provedoras globais de soluções tecnológicas para o mundo dos negócios) desenvolveu o sistema Topaz.
Trata-se de uma aplicação capaz de lidar com todas as etapas do gerenciamento de um banco, que permite que instituições financeiras de qualquer tamanho transformem suas operações e implementem o core banking com muito mais facilidade, segurança e a um custo reduzido.
Jorge Iglesias é diretor da Stefanini e responsável pelo desenvolvimento da plataforma utilizada na transformação digital do Sicredi, uma instituição financeira presente em quase todos os estados brasileiros e que atende a mais de 3,5 milhões de associados.
Segundo Iglesias, o projeto desenvolvido está preparado para cumprir a demanda de qualquer banco, independentemente do porte. A plataforma é robusta o suficiente e conta com uma equipe plenamente capacitada para ajudar na implementação dessa transformação nos bancos.
A solução foi utilizada na modificação gradual de diversos sistemas que realizam o processamento de produtos e serviços bancários. O objetivo foi atender aos parceiros focando na conveniência e na agilidade, além de buscar no cooperativismo uma maneira de conectar pessoas.
De acordo com o diretor, o Topaz é uma plataforma modular, escalável e com uma forte integração aos ambientes digitais por meio de APIs. Além disso, está nos planos da empresa continuar ampliando sua atuação em outras instituições bancárias no Brasil e na América Latina. Hoje, existem três categorias distintas do Topaz. Confira abaixo quais são elas.
1. Topaz Banking
Nessa primeira categoria, são suportados todos os procedimentos bancários — como a verificação de contas e poupanças, depósitos a prazo e empréstimos, tanto pessoais quanto empresariais.
O Topaz Banking permite que operações bancárias sejam feitas de forma centralizada, em tempo real e em diversos canais, auxiliando os bancos para que possam redefinir o seu papel no mercado e reinventar soluções e relações. Assim, conseguem fidelizar clientes e gerar novos fluxos de receita para atender seu público.
O sistema conta com uma arquitetura aberta, robusta, eficaz e de alto desempenho, fazendo com que novas demandas de trabalho sejam atendidas sem problemas e sem aumento exponencial nos custos.
Além disso, o Topaz atende aos requisitos regulatórios e abrange todas as etapas processuais de diversas instituições financeiras e empresas de varejo que queiram atuar na área.
2. Topaz Trace
O Topaz Trace, por sua vez, é uma categoria do Topaz voltada para o compliance. Por meio dele, é possível fazer monitoramentos, gerar listas de restrição internas e externas, fazer análises de perfis de clientes, configurar alertas em tempo real e, claro, gerar relatórios de conformidade.
3. Topaz Microfinance
Enquanto isso, a terceira categoria do Topaz é composta pelo Topaz Microfinance, uma plataforma que atende companhias de microfinanças e microcrédito, e que lidam com processos de depósitos a prazo e remessas de pagamento.
Nessa categoria, além do projeto implementado na Sicredi, a Stefanini também disponibiliza uma solução completa para bancos digitais.
Cada solução pode ser desenvolvida em poucos meses, incluindo as fases de projeto e implementação. Isso ocorre de forma consultiva e pode incluir, conforme a necessidade, as seguintes opções:
- realização de cadastros, contas e créditos;
- a Sophie, uma assistente virtual;
- ferramentas para assinatura digital e assinatura eletrônica de contratos via web ou aplicativo, soluções para segurança virtual e imagens para o gerenciamento de garantia de crédito do agronegócio;
- captura de documentos e processamento de imagem;
- tesouraria e setores administrativos, plataforma de engajamento, estatísticas e até mesmo uma moeda digital: Okanii;
Nota-se, portanto, que a Stefanini é capaz de garantir a oferta de soluções ponta a ponta e que permitem que as instituições bancárias se tornem cada vez mais competitivas.
O mundo digital e a economia baseada nele trouxeram novas formas de negociar e, com isso, um desafio para muitas instituições — que agora dependem da transformação digital para estar à frente do mercado.
Diante disso, com a ajuda do core banking e das mais recentes tecnologias, as empresas financeiras agora brigam de igual para igual com instituições governamentais e organizações consolidadas há anos no mercado.
Nesse cenário, a Stefanini trabalha para entregar agilidade nos seus processos e, assim, conseguir trazer novas tecnologias de forma segura e rápida, viabilizando a realização de ajustes à medida que a experiência do cliente é melhorada.
A Stefanini tem mais de 30 anos de mercado e disponibiliza soluções com cobertura completa das funcionalidades que uma instituição financeira precisa, para atender às demandas atuais e futuras.
Entendeu a importância do core banking para as empresas financeiras dos dias de hoje? Quer saber mais sobre o papel da Stefanini nesse mercado? Então conheça o Topaz, a nossa solução voltada para o core bancário!