Também conhecido como teste de penetração, o pentest é um procedimento de cibersegurança que explora as vulnerabilidades de um sistema. Sua principal característica é adotar o ponto de vista do invasor: a equipe estabelece um objetivo, como um servidor a ser invadido, e explora diferentes estratégias para tentar chegar até ele.
Em outras palavras, é uma forma de identificar brechas de segurança que devem ser tratadas como prioridade em uma organização. Neste conteúdo, detalharemos a importância do pentest, seus diferentes tipos, as etapas de execução e sua relação com uma política de segurança da informação corporativa. Confira!
Para que serve o pentest?
De maneira ampla, o pentest ajuda a identificar brechas em um sistema. Contudo, seu funcionamento é um tanto mais específico, de acordo com as demandas de cada organização. Isso ocorre justamente por essa particularidade que o teste tem — a equipe de ataque (Red Team) se propõe a pensar como um hacker e, definidos seus objetivos, busca invadir o sistema de várias maneiras.
Nesse sentido, cada empresa tem uma dinâmica própria de uso da infraestrutura tecnológica. Veja alguns pontos influenciados por isso:
- o negócio adota diferentes hardwares e softwares;
- as plataformas podem estar em servidores próprios ou na nuvem;
- as demandas de segurança dos clientes, fornecedores e parceiros são específicas;
- os tipos de dados com os quais a empresa lida variam.
Uma loja virtual, por exemplo, pode manter sua plataforma hospedada em nuvem. Nesse caso, o pentest tende a assumir objetivos como derrubar o site, roubar dados de clientes, burlar o sistema de compras etc.
Uma indústria, por sua vez, pode ter uma infraestrutura tecnológica que envolve Internet das Coisas (IoT) e Big Data Analytics. Aqui, o Red Team responsável pelo pentest pode investigar rotas a fim de tomar o controle desses dispositivos IoT, o que causaria danos enormes à operação.
Em ambas as situações, o prejuízo não é apenas relacionado ao desempenho. A própria reputação da empresa pode ser manchada. Para ir além, o roubo de informações sensíveis, como dados de clientes, tende a levar a processos judiciais — algo que se tornou ainda mais relevante com a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Quais são os tipos de pentest?
Em geral, as equipes de cibersegurança atuam com três tipos de pentest. Veja quais são eles!
White box
A proposta do white box é oferecer um cenário bem transparente à equipe que realiza o pentest. Isso significa ter acesso à topologia da rede, senhas, IPs, logins, níveis de usuários, entre outros. A partir disso, eles podem explorar, por exemplo, qual tipo de solicitação um usuário pode fazer ao burlar seu próprio nível de autorização.
Grey box
O grey box é um tipo intermediário de pentest, no qual a equipe tem acesso a apenas um conjunto específico de dados. Isso ocorre, por exemplo, quando a empresa tem dados tão sigilosos que prefere não liberar o acesso explícito a essas informações — o que não significa que o pentest não terá como objetivo encontrar brechas na segurança desse material.
Black box
Por fim, o pentest black box envolve uma tentativa de intrusão sem qualquer informação sobre o sistema testado. Um bom exemplo disso seria um e-commerce contratar uma equipe terceirizada para simular o ataque com base no cenário mais provável que um cibercriminoso poderia encontrar, ou seja, sem qualquer informação privilegiada.
Quais são os 4 passos para implementar um pentest?
O pentest começa muito antes da execução e do próprio planejamento. Veja o passo a passo!
1. Pré-acordo
O chamado pré-acordo de interação é um documento firmado entre a empresa e a equipe responsável pelo teste de penetração. Nele, são definidos os objetivos, os meios pelos quais a tentativa de ataque será feita e alguns outros detalhes específicos, de acordo com a demanda da organização.
2. Reconhecimento
Na fase de reconhecimento, a equipe levanta o máximo possível de informações sobre seu alvo. A missão é colher material para definir a estratégia de ataque.
3. Exploração e obtenção de acesso
Nessa etapa, as informações coletadas são usadas para uma exploração individual dos caminhos possíveis. Os níveis de segurança são identificados e o objetivo é encontrar vulnerabilidades por meio de exploit ou brute force.
4. Elaboração de relatórios
A fase conclusiva envolve o registro das evidências que apontem e detalhem as vulnerabilidades. A equipe arquiva essas informações para, ao final do processo, gerar um relatório do pentest. Nele são listadas ameaças, falhas, brechas e eventuais oportunidades de modo a aumentar o nível de proteção de dados.
Por que a segurança da informação é uma questão estratégica?
A transformação digital consolidou um movimento que já vinha ocorrendo há algumas décadas: a TI deixou de ser um departamento que apaga incêndios e agora oferece ferramentas para se tornar um setor estratégico das empresas. Hoje, a tecnologia não só influencia o desempenho, mas é capaz de criar outros modelos de negócio — e a informação ganhou o status de ativo valioso a qualquer organização.
Em contrapartida, os avanços tecnológicos também aumentaram o poder de ação dos cibercriminosos. Assim, quem busca manter suas informações seguras deve adotar uma estratégia que não considere apenas o ambiente virtual, mas toda a dinâmica de funcionamento da empresa. De forma geral, é preciso elaborar uma Política de Segurança da Informação condizente com as demandas do negócio.
A boa notícia é que as empresas não precisam mais contar com uma equipe de TI enorme, com um Blue Team e um Red Team próprios, uma central de operações de segurança e todo o aparato tecnológico. Existem serviços de outsourcing que assumem essa responsabilidade e transformam as demandas da cibersegurança em diferencial competitivo.
A Stefanini é referência nesse quesito e conta com um time de especialistas em cyber security. Além de ter em seu portfólio soluções de proteção desenvolvidas especificamente para demandas corporativas e parcerias internacionais, oferecemos todo o suporte que sua organização precisa para implementar uma estrutura de proteção eficiente.
Vale destacar que esse tema se tornou crucial em tempos de pandemia e home office. Não é à toa que mais organizações adotam a cibersegurança como um critério para formar parcerias comerciais. Basta um pequeno vazamento de dados em um fornecedor para que a imagem da marca seja manchada no mercado.
Podemos concluir que o pentest é parte de um conjunto amplo de métodos que garantem a segurança dos dados, sustentando o funcionamento das empresas. Então, coloque esse tipo de ferramenta para trabalhar a seu favor quanto antes.
Se quer entender como sua empresa pode garantir a segurança dos dados, entre em contato com a Stefanini e veja como nossas equipes podem ajudar você a estruturar uma proteção robusta e confiável!