Vivemos um ambiente dinâmico em que as empresas precisam promover a disrupção para tornar a oferta de serviços e produtos mais eficiente, que atenda às necessidades do consumidor e, ao mesmo tempo, contribua para a geração de novos negócios. O cliente é o centro de tudo e as empresas buscam inovação, que resulte numa experiência diferenciada, que faça o cliente pensar em ser fiel à marca – mesmo que por um determinando momento quando falamos das gerações Y e Z.
Segundo Salim Ismail, autor do livro “Organizações Exponenciais, muitas empresas estão satisfeitas com aquilo que funciona e, por isso, deixam de inovar. A sobrevivência de uma companhia depende da sua capacidade de se manter à frente da curva da tecnologia e abraçar as mudanças, a fim de se manter competitiva perante a concorrência. Nenhuma empresa poderá acompanhar o ritmo de crescimento definido pelas organizações exponenciais, se não estiverem dispostas a realizar algo radicalmente novo.
Nesse sentido, as corporações precisam revisitar seus propósitos e definir estratégias mais claras de atuação, que estimulem o envolvimento de todas as áreas para que possam cocriar soluções e modelos de negócio que façam sentido para as mudanças constantes e, cada vez mais rápidas, na era da transformação digital.
Para este momento de cocriação, várias organizações encontram inspiração no Design Thinking e, gradativamente, ampliam a utilização de Squads e metodologias Agile, que promovem um mergulho profundo em suas dores internas para encontrar a melhor solução. O mesmo procedimento é válido para identificar os problemas do cliente. Ao promover dinâmicas baseadas em Design Thinking, é possível trabalhar lado a lado com o cliente para cocriar juntos.
Esta forma de atuar em parceria – seja internamente ou com o cliente – tem demonstrado ser positiva em todos os segmentos de mercado, especialmente para as organizações que estão promovendo a transição para o mundo digital. O conceito de Design Thinking e o desenvolvimento de projetos com metodologia Agile vêm ganhando mais destaque com a necessidade das empresas de se conectarem de forma mais efetiva com o seu público-alvo, apresentando algo que realmente se diferencie de seus concorrentes, principalmente na forma de interagir e atender o cliente. A tendência é que esses pontos de interação com o consumidor se tornem mais amigáveis, utilizando tecnologias como a Inteligência Artificial, por exemplo.
A relação entre os clientes e as empresas de tecnologia mudou muito nos últimos anos. Antes, os clientes chegavam com uma demanda específica. Hoje, eles trazem desafios de negócios complexos para que possamos desenvolver soluções que gerem impactos positivos de curto e médio prazo. Para acompanhar essa transformação, a melhor alternativa é investir em processos criativos, que estimulem a cocriação, a partir do diálogo entre diversas áreas – tanto da empresa de tecnologia quanto do cliente. Assim, é possível construir um protótipo junto ao cliente, que poderá validar a experiência ou um novo produto.
Num mundo colaborativo e cada vez mais digital, a cocriação – dentro e fora da organização – tornou-se uma condição obrigatória para as empresas modernas que querem se transformar em exponenciais.
(*) Silvia Aragão é ex-colaboradora da Stefanini.