Indústria 4.0 no Brasil: conheça os desafios dessa mudança - Stefanini Brasil

Indústria 4.0 no Brasil: conheça os desafios dessa mudança

Se você tem mais de 35 anos, talvez tenha percebido o desaparecimento gradual da máquina de escrever, que deu lugar ao PC em algum momento da década de 1990. O mesmo pode ser dito sobre o pager em relação aos celulares. E o que dizer do hábito de alugar fitas VHS? Em qual momento da história o streaming modificou essa forma de assistir a filmes?

Estamos narrando alguns capítulos de uma linha contínua de inovações que resultaram na Indústria 4.0 no Brasil, às portas de engolir empresas que não se adequarem a esse tsunami tecnológico sem volta em nossa história.

Assim como a máquina a vapor redefiniu a produção têxtil no final do século XVIII, o motor a combustão tirou de cena as charretes (um século mais tarde) e o computador mudou a forma de registrarmos nossos processos (já no século XX), estamos no epicentro de uma revolução patrocinada pela fusão de tecnologias como Big Data, Internet das Coisas e realidade virtual.

Você está pronto para a Indústria 4.0 no Brasil (a 4ª Revolução Industrial)? Hoje você entenderá o que já está acontecendo no país, quais os desafios e como sua empresa deve se preparar para essas mudanças!

O que é Indústria 4.0?

Para você, o que é indústria do futuro? Esqueça aquela impressão de que os filmes de ficção são bobagens. Nos Estados Unidos, carros já são montados por robôs, com dispositivos acoplados que os fazem aprender continuamente, tornando-se máquinas autônomas cada vez melhores.

Gêmeos digitais (realidade virtual) substituem os protótipos, fazendo com que todos os testes sejam feitos à exaustão antes que o primeiro produto seja produzido (resultando em diminuição de custos sem precedentes nas fábricas). E o que dizer do uso de impressoras 3D na produção automotiva? Tudo isso é Indústria 4.0.

A Indústria 4.0 no Brasil (e no mundo) diz respeito a uma nova forma de produção, baseada na virtualização das operações, monitoramento e correções em tempo real, customização e descentralização dos ciclos produtivos. Trata-se de um modo de produção disruptivo, que mistura tecnologias físicas, digitais e biológicas para produzir muito mais, com mais qualidade e praticamente erro zero.

Quais as aplicações da 4ª Revolução Industrial?

Na agroindústria, drones são usados para sobrevoar plantações e indicar deficiências na irrigação; a telemetria é utilizada para tratar infestações de pragas, assim como avaliar as condições do solo. Mas isso não é tudo.

No campo

Ainda no campo, sensores são implantados em tratores e pulverizadores, a fim de trabalhar cada hectare de acordo com sua necessidade particular — tudo de forma autônoma, com controle por computadores presentes em um centro de dados na fazenda (não há sequer necessidade de motorista).

Com a implantação de microchips, é possível também programar o disparo de alertas ao produtor de leite, a fim de informar o momento exato de colocar uma vaca para emprenhar ou um bezerro para desmamar. Essa é a Indústria 4.0 no Brasil do agronegócio moderno.

Nas empresas e fábricas

Inspeções petrolíferas não precisam mais ser feitas por pessoas, já que robôs e drones conseguem estar em locais de alto risco para seres humanos. No nível operacional da indústria atuam os já mencionados gêmeos digitais, que produzem cópias virtuais de tudo o que será produzido, permitindo testes sem a fabricação de protótipos reais.

Vale destacar também outros elementos que comentamos, como a impressão de componentes por impressoras 3D, bem como o uso de ferramentas inteligentes, que sabem o torque exato para cada peça na linha de montagem.

Outros contextos de aplicação 

Mas se engana quem pensa que Indústria 4.0 se aplica apenas às fábricas e ao campo. Com o uso de óculos de realidade virtual/aumentada, além de um ecossistema de dispositivos conectados a robôs, torna-se possível, por exemplo, fazer procedimentos cirúrgicos a distância, além de preparar médicos recém-formados em um ambiente com alto nível de realismo.

Carros de aplicativos já começam a ser testados sem condutor e, para o poder público, até sistemas inteligentes de controle de tráfego passam a controlar o tempo de fechamento dos semáforos (de acordo com a demanda) — ou mesmo emitir alertas personalizados nos celulares dos motoristas sobre suas melhores rotas.

O que já vem sendo feito na Indústria 4.0 no Brasil?

Na fábrica da Jeep, instalada em Pernambuco, robôs fazem praticamente sozinhos todo o processo de montagem, da fuselagem à pintura. A vantagem que essa nova perspectiva industrial traz também passa por velocidade e perfeição: são 45 carros produzidos por hora, tudo próximo de erro zero.

Na mesma montadora, a tecnologia foi além da fabricação. Todas as peças são automaticamente testadas e rastreadas para cálculo de performance, e o layout da fábrica é totalmente integrado aos fornecedores, de forma que haja comunicação em tempo real com todos os envolvidos no processo.

Tudo isso permite que a Jeep trabalhe com estoque mínimo, sem risco de rupturas. Isso é Indústria 4.0 no Brasil.

Na agricultura, sob o incentivo e as pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), já existem fazendas trabalhando de forma experimental com maquinários conectados via satélite, os quais indicam ao profissional quando ele já passou por determinada área, evitando replantio, perda de sementes e aplicação excessiva de fertilizantes.

Há, inclusive, exemplos de Indústria 4.0 na educação, como é o caso da Saint Paul Escola de Negócios, a única instituição a implantar um sistema de professores 24 horas com base em Inteligência Artificial.

Quais os principais desafios da Indústria 4.0 no Brasil?

A ausência de mão de obra qualificada é o primeiro desafio que vem à mente quando pensamos na 4ª Revolução Industrial no país, correção que passa pela reorganização da forma de pensar o nível superior no Brasil, algo especialmente importante nos cursos de Engenharia e TI.

É preciso preparar o estudante desde cedo para se deparar com questões ligadas à inovação aberta/fechada, à interconexão de tecnologias e ao aprimoramento dos recursos existentes dentro das demandas do mercado. Mas não são somente esses os obstáculos que temos.

É preciso tirar do papel o Plano Nacional de Internet das Coisas, que foi idealizado há alguns anos, mas foi engavetado ao longo dos nossos turbulentos episódios de sucessão política. O plano é fundamental para abordar o impacto dos objetos conectados na sociedade, o ambiente regulatório, as políticas de incentivos fiscais e a previsão de investimentos estatais em infraestrutura.

Entre os maiores desafios da Indústria 4.0 no Brasil, há ainda a necessidade de aprimorar rapidamente a infraestrutura de TI do país, considerando, por exemplo, que em muitas regiões rurais não há sequer acesso à internet.

Qual a importância de buscar o outsourcing de TI?

Enquanto em muitas nações desenvolvidas, como Japão e Estados Unidos, as empresas já compreenderam a necessidade de fazer o outsourcing de TI para ter mais disponibilidade de rede, aumento da segurança e abertura para inovação com redução de custos. No Brasil, ainda existem organizações que deslocam energia de seu core business para a centralização de sua área tecnológica.

As organizações nacionais precisam aprimorar seu Customer Experience e infraestrutura, desenvolver novas aplicações e interconectar-se a novas tecnologias. Mas é evidente que tudo isso precisa ser feito por meio de um plano claro de transformação digital, o que passa por parceria com empresas dotadas de expertise nesse processo de transição. Assim, as empresas nacionais conseguirão competir na era dos negócios digitais.

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