Todo ano as notícias sobre as tendências em segurança da informação trazem um balanço com relatos de invasão de dados e vírus dos mais variados tipos. Isso causa um estigma sobre a segurança dos dados, pintando-a como um desastre.
Na realidade, guardar e proteger os dados de sua organização precisa ser um dos fatores mais importantes ― se não for o maior. Atualmente, temos a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrará em vigor em meados de 2020. Sua ideia é proteger os clientes ao prevenir o vazamento de dados. Sua empresa deve estar em conformidade para não ganhar penalidades sérias!
E onde estaremos mais vulneráveis na área de segurança da informação e compliance? Neste post, ajudaremos você a entender melhor sobre esse universo e sua importância, bem como as 4 principais tendências. Boa leitura!
O conceito de Segurança da Informação
Chamada de InfoSec, essa área faz muito mais do que impedir acesso não autorizado. Existem diversas definições acadêmicas, mas basicamente a Segurança da Informação é a prática de impedir o acesso não autorizado, divulgar, gravar, modificar ou destruir as informações ― sendo estas físicas ou elétricas.
Podem ser perfis nas redes sociais, dados do celular, informações biométricas, arquivos e e-mails da empresa. Isso abrange muitas áreas, como criptografia, computação móvel, redes sociais, segurança forense, entre outros.
Normalmente, a InfoSec é baseada em 3 pilares. Veja a seguir quais são eles!
Confidencialidade
Os dados só podem ser vistos ou usados por pessoas autorizadas a acessá-los. Indivíduos, entidades e processos não autorizados devem ser sinalizados imediatamente para a área responsável, para que a sua origem seja verificada.
Integridade
Significa manter a precisão da informação. Ou seja, toda e qualquer alteração nas informações por um usuário proprietário deve continuar em estado íntegro. Informações sigilosas têm que ter rastreio, para fins de auditoria. É necessário que o acesso não autorizado seja impossível — ou pelo menos detectado a tempo.
Disponibilidade
Essa é fácil: as informações precisam estar disponíveis sempre que os usuários autorizados necessitarem delas. Por exemplo, se o RH quiser conferir as horas extras de determinado funcionário, esses dados devem ser fiéis à realidade.
Hoje em dia, devido ao próprio desenvolvimento exponencial das tecnologias, mais um fator tem sido largamente considerado: a conformidade.
Conformidade
Existe para garantir que todas as leis, normas e regulamentos sejam contemplados e validados em todos os sistemas de uma organização.
A importância da segurança da informação
As organizações reconheceram a importância da proteção de todas as informações privadas. Elas nunca devem se tornar públicas, especialmente quando são privilegiadas.
Com o aumento das ameaças de ataques cibernéticos, consultorias especializadas ou profissionais qualificados em segurança da informação estão sendo alocados. Assim, as interrupções na defesa da rede não acontecem ou são rapidamente resolvidas, evitando a perda de tempo.
Para que não existam essas surpresas desagradáveis, fique de olho nas soluções mais importantes que estarão no radar!
As 4 maiores tendências em Segurança da Informação
Controle de permissões de usuários, autenticação de dois fatores, backup diário e firewalls poderosos são algumas das maneiras de proteger sua organização. Contudo, com a Indústria 4.0, surgiram novos desafios.
1. Internet das Coisas ― IoT
A IoT deixou de ser algo distante e está em um bom nível de desenvolvimento. Acredito que você tenha ouvido falar de casas inteligentes, alarmes fotossensíveis inteligentes e carros conectados, e que já tenha uma SmartTV em casa.
Com tanta novidade e a pressa de lançar os produtos no mercado, a segurança nem sempre foi considerada prioridade máxima durante a fase de design do produto.
Apesar disso, muitas estruturas de segurança IoT já foram desenvolvidas, mas ainda não temos um padrão único aceito. É importante contar com ao menos uma estrutura de segurança, pois temos também a chegada dos ransomwares, como veremos no próximo tópico.
2. Ransomware das Coisas ― RoT
Durante o inverno de 2016, na Finlândia, cibercriminosos foram capazes de assumir o controle e interromper o aquecimento de dois prédios durante um ataque distribuído de Permission Denied ― Permissão Negada. Foi pedido um resgate para que os prédios voltassem a funcionar, e daí surgiram os RoT ― Ransomwares das Coisas.
Será necessário um esforço para proteger os sistemas IoT e seus dispositivos, já que as técnicas atuais (como filtragem, criptografia e autenticação) poderão gerar um consumo de processamento e banda que não estava previsto.
Para mitigar qualquer tipo de ataque, também é crucial educar e mudar a cultura da organização. Oriente sua equipe sobre as melhores práticas e ética ao utilizar os dispositivos e dados da empresa.
Dica de Ouro: se sua companhia estiver infectada com ransomware, é aconselhável não pagar o resgate, pois essa é uma forma de incentivo aos cibercriminosos. É possível recuperar os arquivos danificados com decodificadores especializados. Peça o conselho de um especialista em Segurança da informação. E não se esqueça do backup!
3. Backup e RAID
Os backups são uma solução bem antiga, que nunca esteve tão em evidência. Trata-se de uma proteção contra a corrupção dos dados, com a qual é possível realizar o backup diário incremental e backups completos semanais, armazenados na nuvem ou em seu próprio data center.
RAID significa Redundant Array of Independent Disks― Conjunto Redundante de Discos Independentes. É uma solução por vezes mais barata, cujo objetivo é fornecer redundância das informações utilizando as matrizes. Ou seja, se um disco falhar, os outros discos assumem o controle até que a unidade seja substituída. Mas, no caso de corrupção de dados, os dados corrompidos ficarão em todas as unidades.
Então, qual solução utilizar? Especialistas recomendariam as duas! Discos rígidos falham, é inevitável. E a solução RAID é fantástica para tratar redundância. Além disso, existem provedores de nuvem que já utilizam criptografia de alto nível — mais uma arma contra os ataques.
4. Autenticação de múltiplos fatores
Embora esteja longe de ser uma solução perfeita (pois ainda pode haver ataque por phishing), a maioria dos serviços online está abandonando o acesso por senha. A tendência é oferecer métodos de autenticação adicionais ― que, por enquanto, serão opcionais.
Os bancos — na vanguarda, como sempre — já estão realizando essas alterações para aumentar a segurança. Os fatores de autenticação são classificados em três casos:
o que o cliente sabe: senha, PIN ou frase de segurança;
o que o cliente possui: tokens via software, que enviam códigos por SMS ou e-mail;
o que o cliente é: impressão digital, padrão de retina, reconhecimento facial.
Os usuários com certeza ficarão confusos por um tempo, mas as diferentes formas de autenticação de múltiplos fatores aumentarão a segurança.
O campo da InfoSec cresceu e evoluiu significativamente nos últimos anos. Vimos aqui o que é, sua importância e os maiores fatores que serão tendência em segurança da informação.
A segurança de informações é uma área sólida, e a maioria das organizações já compreende a necessidade de tecnologia de firewall, antivírus e antispam. Mas só essas soluções não são o bastante.
É necessário também ter programas de correção agressivos e sistemas reforçados, a fim de se proteger de invasões ou de ver os dados da empresa totalmente corrompidos ou roubados.
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