Pesquisa Trajetórias FDC de Internacionalização revela posição das empresas brasileiras que operam no exterior e traz reflexões e estratégias internacionais, os resultados alcançados e as tendências de expansão
O Grupo Stefanini acaba de se tornar a empresa brasileira que mais cria valor internacional, segundo o ranking da Fundação Dom Cabral (FDC).
A instituição apresentou sua Pesquisa Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras, na qual a multinacional brasileira conquistou quatro grandes prêmios, ficando em primeiro lugar nas categorias ‘Criação de Valor Internacional – Geral e de Grandes Empresas’, em ‘Modelo Organizacional na Internacionalização’, o que confere ao Grupo o título de empresa que mais cria valor internacional; e em ‘Quantidade de países (subsidiária produtiva)’. A empresa também obteve a segunda colocação na classificação de ‘Proposta de Valor’, de ‘Talentos e Liderança’, e de ‘Gestão de Stakeholders’.
Em sua 16ª edição, a pesquisa conta com apoio e patrocínio da ApexBrasil, que traz nova metodologia e aborda outros aspectos e questões, oferecendo insights valiosos para empresas, empreendedores, executivos, instituições governamentais e acadêmicos.
Atuar em outros mercados e obter êxito nas estratégias internacionais num contexto complexo e dinâmico não é uma tarefa fácil para as empresas. Crescer globalmente criando valor compartilhado para o negócio e diferentes stakeholders requer um planejamento cuidadoso e competências diversas que vão além da concorrência nacional. O estudo realizado pela FDC auxilia as empresas a enfrentarem esse desafio, expandir a compreensão do processo de internacionalização e fornecer um panorama completo das demandas, desafios e oportunidades.
“Com muita coragem e persistência, o Grupo Stefanini iniciou esse movimento de internacionalização em 1996, quandoabriu a primeira subsidiária fora do país na Argentina e, desde então, não parou mais. Trazemos um DNA de crescimento constante, com alta expectativa de internacionalização e com um ecossistema de inovação relacionado ao processo de transformação digital voltado para auxiliar os negócios dos clientes”, afirma Marcelo Ciasca, CEO da Stefanini Brasil. O executivo destaca ainda que a empresa mantém o apetite e modelo de aquisições, inclusive com a mais recém-adquirida Solve.it, empresa italiana que fornece consultoria, desenvolvimento de aplicativos e serviços de gerenciamento em TI. Esta aquisição contribuirá para ampliar a presença da Stefanini no mercado e acelerar seu crescimento na Itália e na Europa.
“Para além dos desafios da concorrência nacional, as empresas que se internacionalizam têm frequentemente de lidar com incertezas políticas, taxas de câmbio flutuantes, necessidades específicas dos consumidores locais, diferenças no estilo de gestão de cada país, barreiras logísticas, culturas desconhecidas, diferentes fusos horários, novos stakeholders, dentre outros desafios”, aponta Lívia Barakat, professora da FDC e coordenadora do estudo.
A pesquisadora conta ainda que as empresas brasileiras têm se perfeiçoado para conquistar novos mercados. Ao acompanhar o processo de internacionalização das empresas brasileiras, a percepção é de que, cada vez mais, elas passam a se preparar melhor para esse processo. Ao mesmo tempo em que elas se internacionalizam hoje com uma velocidade muito maior, impulsionadas muitas vezes pela transformação digital, elas também fazem os movimentos internacionais de forma mais integrada aos seus objetivos estratégicos, com metas muitas vezes ambiciosas.
“A ApexBrasil já tem mais de 20 anos de história, trabalhando em prol da internacionalização das empresas brasileiras. Muita coisa mudou neste período. A transformação digital e os movimentos globais em busca de inovação e sustentabilidade trouxeram novas possibilidades, como a abertura de lojas ou escritórios virtuais e o aumento do número de empresas nascidas globais.
Ranking das empresas
A edição de 2023 contou com um total de 237 empresas participantes que atuam no exterior por diferentes modalidades. Das mais de 7 mil empresas inicialmente mapeadas, priorizou-se aquelas que já são internacionalizadas ou estão em processo de internacionalização. Além disso, para se qualificar a participar do estudo, a empresa precisa ter controle e gestão de capital majoritariamente brasileiro. A participação na pesquisa foi voluntária e gratuita. A amostra final de 237 empresas representa um crescimento em relação às edições anteriores da pesquisa pelo fato de que se passou a incluir empresas que atuam no exterior por exportação, presença virtual, acesso a mercados de capital e equipes de P&D em trabalho remoto.
Neste ano, a metodologia mudou de forma a considerar não apenas a magnitude da atuação internacional, mas também a maturidade de estratégia e gestão internacional. Dessa forma, os principais ranqueamentos avaliam o Índice de Criação de Valor Internacional da Empresa: Índice geral, Índice por tipo de empresa (liderada por mulheres, grandes, médias, pequenas, micro, startups, franquias) e por dimensão do Modelo FDC de Criação de Valor Internacional (Proposta de Valor, Modelo de Negócios, Modelo Organizacional, Talentos e Liderança, Gestão de Stakeholders). Com isso, comparações com os rankings de edições anteriores não são recomendáveis para compreensão da análise.