Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil tem condições de expandir sua economia em até R$ 382 bilhões ao longo de oito anos aumentando em 1/4 a inserção de mulheres no mercado de trabalho até 2025. Embora a proporção de mulheres na liderança venha crescendo ano a ano, as barreiras ainda são muitas. A pandemia do coronavírus impulsionou transformações profundas nas práticas de trabalho, impactando significativamente o desenvolvimento de suas carreiras e gerando questões como ‘isso atrasou o movimento pela paridade de gênero ou pode ser um trampolim para cargos de liderança para mais mulheres?’ Segundo o relatório Women in Business 2021, realizado pela Grant Thornton, houve um marco significativo no ano passado, com a ultrapassagem do ponto de inflexão de 30% de mulheres ocupando cargos de liderança no mundo, indicando que mudanças transformacionais duradouras estão por vir.
Conduzido e idealizado pela diretora de Inovação e Negócios Digitais do Grupo Stefanini, Mary Ballesta, o Women Innovation Network (WIN), nascido em 2020, foi projetado com o propósito de conectar lideranças femininas para debaterem sobre tópicos dentro do universo da inovação e constituído por meio da integração de líderes de diferentes companhias. De lá para cá, a comunidade tem expandido seus canais de contato e ampliado o número de participantes para que as discussões possam ser mais aprofundadas e enriquecedoras. O WIN agrega lideranças femininas de outras organizações e se tornou uma rede de networking de mulheres que desejam fazer a diferença em seus ambientes de trabalho e na sociedade.
O WIN tem como objetivo ser um espaço de mulheres para todos, onde ocorrem trocas de experiências e desafios sobre temas de inovação. A ideia é fomentar interações que favoreçam a troca multidisciplinar entre todos os stakeholders da comunidade, estabelecendo uma espécie de ecossistema com potencial de geração de negócios.
No Grupo Stefanini, ganha cada vez mais destaque esse movimento com mulheres na liderança e que acontece naturalmente em vários países por acreditar que a liderança feminina na inovação pode transformar negócios e realidades. No Brasil, 40% das contratações realizadas em 2021 foram de mulheres, sendo que elas ocupam também 40% dos cargos de gestão.
Veja como atuam algumas executivas C-Level da multinacional brasileira e de suas ventures que abarcam várias áreas de negócios:
Mary Alejandra Ballesta Estrada responde há três anos pelo cargo de diretora de Inovação e Negócios Digitais. A executiva tem um olhar voltado à análise integrada na criação de novas oportunidades de negócios e atuação na visão de ecossistema aberto de inovação para alcançar novos domínios e resultados no Grupo. Para a executiva, “o propósito é um fator imprescindível na busca por protagonismo. E questiona se você já se perguntou qual a marca que você ou a sua empresa deseja deixar no mundo? Nesse mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível) em que vivemos, as empresas que se adaptarem às mudanças à medida que forem transformadas, estarão mais próximas de assumir um protagonismo no cenário organizacional. O que significa que a originalidade, também conhecida como “capacidade de inovação”, está ao alcance de todos. E acrescenta: “para crescer e alavancar minha carreira um dos segredos foi não me sentir menos por ser mulher. Por tanto, recomendo que as mulheres abracem o que são, com tudo que as caracteriza. Isso também significa que nós não temos que concorrer ou se comparar com os homens”. “Ser nós mesmas é o que nos faz brilhar”, afirma Mary Ballesta.
Carla Alessandra de Figueiredo é diretora de Gente e Cultura da Stefanini Brasil etrabalha na multinacional há 18 anos. Carla também é uma referência de liderança feminina exercida no Grupo. A executiva defende o equilíbrio da vida pessoal com a vida profissional, e destaca o sentimento de cuidado com os colaboradores, pois acredita na conexão das pessoas, unindo inovação e excelência nos negócios. Carla já conquistou algumas premiações com base em um conjunto de ações realizadas por sua área para promover atração, formação e retenção de mulheres.
Shirley Fernandes é sócia-diretora Comercial e de Marketing da N1 IT, empresa focada em consultoria em TI especializada em serviços em nuvem e segurança digital, trabalhando com grandes players do mercado como a Microsoft e Kaspersky. Fundadora do Projeto Mulheres Rockets, voltado para o engajamento social, o movimento tem por objetivo fortalecer a identidade e capacidade da mulher. Shirley formou-se recentemente também em Psicanálise. Casada, mãe de três filhos, e apaixonada por tecnologia, a executiva fundou há 12 anos a N1 IT, atua neste mercado há mais de 20 anos e acredita que a junção de pessoas capacitadas, processos ágeis e a tecnologia é a equação de sucesso que permite a inovação despontar fazendo ainda mais a diferença neste novo mundo digital. Shirley acaba de firmar uma parceria com a Potência Feminina, idealizada por Tuca Duarte, responsável e coordenadora do núcleo de mulheres da CUFA (Central Única das Favelas) Paraisópolis, para ministrar cursos voltados ao Protagonismo da Mulher do Século XXI.
Adriana Rocha é uma das fundadoras e Co-CEO da Ecglobal, empresa brasileira líder no mercado de Tecnologia e Marketing, que integra o Ecossistema Haus do Grupo Stefanini. Obstinada em mudar o mundo através da inovação, obteve sucesso em construir empresas pioneiras em Pesquisas Ágeis e Marketing de Comunidades, bem como no lançamento de plataformas de tecnologia de ponta que ajudam as marcas em todo o mundo a tomarem melhores decisões baseadas na colaboração do consumidor. Formada em Engenharia de Sistemas, e com MBA em Comunicação e Marketing, Adriana já desenvolvia, desde os 23 anos, produtos usando inteligência de dados, e liderava equipes nos anos 90. Em 2000, a executiva foi convidada para ser Country Manager de uma startup de tecnologia de Seattle (EUA) voltada para pesquisas de mercado. Na sequência, em 2006, ela criou a Ecglobal, trabalhando desde então com inovação em comunidades e inteligência para grandes marcas multinacionais. Atualmente, a companhia sob sua liderança, e com 70% da equipe formada por mulheres, conta com operações no exterior – países da América Latina e Estados Unidos, tem mais de 1 milhão de consumidores ativos em sua plataforma colaborativa de tecnologia própria. A Ecglobal conecta marcas e pessoas por meio de uma plataforma de redes sociais e comunidades proprietárias empoderadas, gerando inteligência e engajamento contínuo para acelerar negócios e fidelizar clientes.
Amanda Gasperini é diretora de Analytics, Growth e Martech na Gauge, também responde pela presidência do Comitê de Mensuração do IAB Brasil. Em participações recentes em eventos do mundo digital, Amanda destacou a chegada do Google Analytics 4 (GA4), o fim dos cookies e identificadores de terceiros e como as empresas devem se adequar para o futuro diante dessa nova realidade. “A nova era cookieless não é só sobre dados, é sobre negócios. Com essa mudança teremos impactos como maior investimento em dados primários (First Party Data) e queda na rentabilidade de mídia. Hoje, a maioria das empresas não coletam dados primários e as que coletam não usam no seu marketing. Assim, é preciso começar a pensar nas estratégias agora para estar preparado para quando a mudança chegar em 2024”.