A adoção de serviços em nuvem é constantemente analisada no mercado por benefícios como agilidade para os negócios (busines agility), adequação e crescimento proporcional, suportando o negócio com um modelo de pague pelo uso, redução de grandes valores imobilizados (Capex), ou até mesmo redução de custos operacionais, podendo observar um ROI no custo de infraestrutura, no custo de gestão, ou na produtividade das equipes e TI. Bons exemplos destes estudos são os estudos da IDC, Mission Critical Magazine e IDG.
Mas este business case começa sempre pelo assessment e pelo conhecimento do seu parque de aplicações e ativos, tomando decisões sobre a estratégia de migração, sobre o que está pronto para migrar ou o que o negócio está pronto para se transformar digitalmente. Essa jornada e essa capacidade de tomada de decisão requerem método e uma das abordagens mais interessantes é a categorização de acordo com os 6 R’s, são eles:
- Rehost: migração da aplicação para nuvem em IaaS, mantendo sua arquitetura original;
- Replatform: migração de aplicação para Plataforma como Serviço em nuvem, mantendo sua arquitetura ou versão atual;
- Repurchase: substituição de aplicações por suas versões SaaS ou compatíveis com a nuvem;
- Refactor/rearchitect: modernização da aplicação, normalmente a uma abordagem cloud native;
- Retain: não cobertura da aplicação sobre o plano de migração;
- Retire: descontinuidade da aplicação antes da sua migração;
Mas esta abordagem representa a ponta da cadeia, a decisão tomada, mas quais os fatores são importantes? E é neste momento que alguns são ponderados, como: urgência para o negócio, transformação digital, esforço, acoplamento, habilidades técnicas, impacto ao negócio, continuidade ou risco, e, aquele que tem um reflexo direto no resultado da companhia, os custos.
De acordo com CIO from IDG, gerir e controlar os custos em cloud está entre as duas maiores prioridades dos tomadores de decisão na TI, o que reforça este pilar na decisão de migração. E neste mesmo artigo, retoma-se uma abordagem de redução de custos pela modernização de aplicações com Cloud Native, exatamente a estratégia que pode ser adotada no Refactor/Rearchitect como estratégia de migração.
Este é um ponto que vale uma reflexão extra, pois para muitos casos pode ser contra intuitivo tomar a decisão de investir esforço, tempo, dinheiro em refazer uma aplicação em uma abordagem cloud native, modernizando sua camada tecnológica como uma estratégia de otimização de custos. Mas esta intuição é logo revista se os ganhos de uma aplicação modernizada são entendidos e a metodologia para um processo de modernização de aplicações também compõe esta análise.
Uma aplicação modernizada com uma abordagem Cloud Native é uma aplicação fundamentalmente desenhada sobre 4 pilares: DevOps, CI/CD, containers e microserviços. São pilares já muito conhecidos, mas que a utilização prática e a integração com os serviços dos cloud providers requer conhecimento e experiência. Olhando esta abordagem e orientada à eficiência em nuvem e à eficiência no processo que a TecCloud Stefanini estabeleceu sua metodologia própria de modernização de aplicações, conduzindo o processo de forma ágil, utilizando técnicas assertivas como design thinking, lean development e strangle pattern, e agregando tecnologia, como o Infinity Deploy, uma plataforma DevSecOps como serviço, desenvolvida pela TecCloud Stefanini e integrada aos principais cloud providers (AWS, Azure e GCP), orientada à redução de custo pela produtividade da equipe e orquestração nativa de microserviços e ambientes Spot.
E é com esta visão de ter o método adequado e a tecnologia ao alcance que podemos repensar a modernização de aplicações para a nuvem como uma estratégia não somente de transformação digital, mas de otimização e melhoria sob a perspectiva de custos, uma estratégia de otimização FinOps, um tema importante e interessante para um próximo artigo.
(*) André Corrêa é Cloud Executive Manager na Stefanini