Transformações e desafios na volta às aulas de 2024 - Stefanini Brasil

Transformações e desafios na volta às aulas de 2024

Estudo da Ecglobal apresenta uma análise holística sobre as diversas facetas desse retorno, focando nas expectativas e preocupações dos pais em relação à educação de seus filhos

A volta às aulas não apenas impulsiona uma demanda crescente por produtos e serviços educacionais, mas também resulta em um pico na atividade econômica do setor. Este período é marcado por estratégias de marketing dinâmicas, impactando significativamente o planejamento financeiro familiar. Além disso, representa um momento crucial para as instituições de ensino, que se preparam para acolher os alunos com novas metodologias de ensino, infraestruturas atualizadas e currículos revisados.

Social e emocionalmente, o retorno às aulas pode gerar ansiedade e desafios para estudantes e pais. As mudanças significativas no ensino e aprendizagem, especialmente após a pandemia, impactaram as políticas educacionais e a situação econômica das famílias, moldando novas dinâmicas na preparação para o ano letivo e afetando o comprometimento financeiro com a educação dos filhos.

Este artigo apresenta dados de um estudo que inclui uma etapa qualitativa realizada na rede ecglobal.com e uma pesquisa quantitativa por meio de um questionário estruturado online com a participação de 696 respondentes.

Calendário e estratégias na jornada das matrículas

As atividades qualitativas, envolvendo até 538 respondentes, oferecem uma narrativa detalhada sobre as expectativas e realidades enfrentadas pelos pais, proporcionando um panorama abrangente das complexidades educacionais em um mundo pós-pandêmico.

Com 52% dos entrevistados tendo filhos em idade escolar, a maioria (68%) percebe uma diferença na qualidade do ensino entre escolas públicas e privadas, considerando o ensino da escola particular melhor.

No que diz respeito ao planejamento das matrículas, surge uma dinâmica intrigante. Embora a maioria (41%) efetue a matrícula em janeiro, uma parcela significativa inicia o processo meses antes. A antecipação é evidente, com 6% começando em outubro e 10% em novembro. A concentração em dezembro (30%) sugere uma possível estratégia de aguardar o décimo-terceiro salário para efetivar as matrículas.

Nesse cenário, o processo de matrícula torna-se uma jornada complexa, exigindo estratégias inteligentes tanto dos pais quanto das escolas. Compreender o público-alvo por meio de pesquisa e estabelecer conexões baseadas na construção de comunidade permitirá uma compreensão profunda dos momentos-chave de decisão. Isso, por sua vez, otimiza campanhas de marketing, orienta estratégias de conversão eficazes e influencia as abordagens de precificação, descontos e bolsas de estudo oferecidas.

Decifrando as prioridades e emoções na escolha escolar

A indagação fundamental de toda instituição educacional – “Qual o fator mais relevante para os pais ao escolher uma escola para seus filhos?” – encontra resposta nas intricadas nuances reveladas por nossa pesquisa. Com uma expressiva parcela de 41% dos participantes elegendo a qualidade acadêmica como critério supremo, a busca pela excelência educacional se destaca. A proposta pedagógica/metodologia de ensino também se posiciona com 20% das preferências, enquanto a proximidade geográfica, escolhida por 13%, aponta para uma preocupação prática com a conveniência. A reputação da escola (10%), infraestrutura (5%), e material pedagógico (5%) mantêm sua relevância no processo decisório.

Nessa jornada crucial, a análise dos sentimentos revela que a confiança é a emoção predominante para 29% dos pais, seguida pela tranquilidade (13%) e preocupação (15%). Sentimentos positivos como gratidão (10%) e orgulho (6%) indicam um vínculo emocional com a escola, enquanto empolgação (7%) e felicidade (3%) refletem entusiasmo parental. Por outro lado, ansiedade (8%) e estresse (3%) destacam áreas que demandam atenção e suporte, consolidando uma compreensão abrangente das prioridades e emoções na decisão educacional.

Medos, impactos da pandemia e medidas adotadas pelas escolas

Ao explorar os medos relacionados ao bem-estar dos filhos no ambiente escolar, a pesquisa revela preocupações significativas. O bullying lidera as apreensões, sendo citado por 57% dos pais, seguido por comportamentos inadequados dos colegas (48%), e preocupações com a segurança física (47%). Essas inquietações se conectam diretamente às emoções discutidas anteriormente, como a preocupação e, em alguns casos, a ansiedade, destacando a importância de garantir um ambiente seguro e inclusivo nas escolas.

A transição para um contexto mais amplo de desafios educacionais é evidenciada pela percepção dos pais sobre os impactos negativos da pandemia na rotina dos alunos da educação infantil. Para 71% dos pais, a pandemia ainda afeta de forma negativa, dividindo-se entre aqueles que sentem um impacto significativo (37%) e os que percebem uma influência moderada (34%). Essa realidade se relaciona intimamente com as experiências emocionais durante o processo de seleção de escola, adicionando camadas de preocupação.

A análise dos efeitos do ensino remoto revela que 80% dos pais acreditam que esse período teve impactos negativos na educação infantil. Essa percepção intensifica as emoções de ansiedade e preocupação previamente discutidas, reforçando a necessidade de estratégias eficazes para mitigar esses efeitos.

Por fim, a investigação sobre as medidas tomadas pelas escolas para minimizar os impactos negativos do ensino remoto mostra que 64% dos pais afirmam que algumas medidas foram implementadas. Contudo, a preocupação persiste, com 14% dos pais indicando que nenhuma medida foi adotada. Essa dinâmica entre a preocupação parental e as respostas das instituições destaca a importância da comunicação efetiva entre escolas e pais para enfrentar esses desafios de maneira colaborativa e proativa.

Olhar quantitativo: decifrando os padrões de consumo

Os dados demográficos da pesquisa quantitativa com 696 respondentes revelam uma distribuição de 66% mulheres e 33% homens, com idades variando de 18 a 65+, sendo a maioria situada entre 35 e 64 anos. Quanto à localização, 65% dos participantes estão na região Sudeste, 15% no Nordeste, 11% no Sul, 5% no Centro-Oeste e 3% no Norte. Do total, 206 pessoas estão envolvidas em estudos, 416 têm filhos matriculados em instituições de ensino, enquanto 128 possuem sobrinhos, afilhados ou netos na mesma condição.

Na etapa qualitativa, uma proporção significativa de pais expressou a percepção de que a lista de materiais escolares é excessiva em termos de quantidade (16%) ou custo (27%). Este dado é corroborado pela etapa quantitativa, onde a análise dos critérios de compra para o retorno às aulas destaca várias influências que moldam as decisões dos consumidores. A maioria (66%) é motivada por promoções e descontos, indicando a relevância significativa de ofertas atrativas na tomada de decisão.

Outros fatores, como consideração de necessidades específicas, orçamento disponível, influência das mídias digitais, lista de materiais escolares da instituição, itens em oferta no momento da compra e a preocupação com a sustentabilidade, também desempenham papéis distintos nas escolhas dos consumidores. A estética dos produtos e as recomendações pessoais, embora secundários, ainda têm algum peso. Essas conclusões oferecem uma visão abrangente das dinâmicas que orientam o processo de compra durante o período de volta às aulas.

Dinâmica do consumo de materiais escolares

Na dinâmica de compra de materiais escolares com intuito de presentear, 87% dos consumidores direcionam suas escolhas para os filhos, enquanto sobrinhos representam 16% das decisões.

Nesse cenário, materiais básicos como lápis, canetas e cadernos (84%) são prioritários, seguidos por itens de organização e transporte, como pastas, mochilas e estojos (62%), e materiais artísticos, como tintas e pincéis, com 59% das intenções de compra para presentear.

A pesquisa revela uma diversidade de preferências de compra para o retorno às aulas: 71% optam por lojas físicas, 49% por lojas online especializadas e 48% por marketplaces. Além das escolhas convencionais, lojas de departamento (30%), supermercados (27%) e varejistas eletrônicos (20%) são populares. Opções menos convencionais, como eventos locais (17%) e trocas ou vendas de usados (8%), indicam uma abertura para práticas mais alternativas e sustentáveis.

Preferências e estratégias de compra para a volta às aulas

Ao explorar as preferências em promoções para itens de papelaria, a pesquisa destaca que descontos percentuais (23%) e frete grátis (21%) são as ofertas mais atrativas. A promoção “Compre 1 Leve 2” e cupons de descontos adicionais aparecem empatadas com 11%, indicando que os consumidores valorizam ofertas que agregam valor extra às suas compras.

A estratégia de cashbacks ou crédito (10%) mostra que incentivos financeiros adicionais são bem recebidos pelos compradores de itens de papelaria. Descontos por quantidade (8%) indicam uma preferência por economias escaláveis, especialmente quando se trata de adquirir uma variedade de itens.

O estudo ressalta o crescente consumo de acessórios de tecnologia, com 68% dos participantes planejando comprar eletrônicos nos próximos 3 meses. Esse dado correlaciona-se com a percepção de 64% dos pais, que reconhecem o papel positivo da tecnologia na educação. Dentre os itens preferidos, destacam-se fones de ouvido (48%), notebooks e laptops (41%), pen drives ou dispositivos de armazenamento (36%), calculadoras (35%), tabletes (34%) e smartphones (33%).

A pesquisa também avalia o recall de marcas varejistas, com Faber Castell (36%), Tilibra (20%), BIC (11%) e Kalunga (5%) liderando as lembranças. No segmento de papelaria, a Faber Castell (23%) continua em destaque, seguida por Tilibra (18%), BIC (11%) e Kalunga (11%). No âmbito dos acessórios tecnológicos, a Samsung (25%) é a marca mais lembrada, seguida por Dell (7%) e Apple (5%).

O Futuro da pesquisa

Os estudos da Ecglobal, empresa do Grupo Stefanini, como este sobre a volta às aulas em 2024, ressaltam a importância de compreender profundamente o comportamento e as preferências dos consumidores no contexto educacional. Utilizando tecnologia avançada, inovação e Inteligência Artificial para o processamento e análise de insights, a Ecglobal fornece um panorama detalhado das tendências e necessidades que ajudam marcas a acelerar o crescimento e inovar continuamente. Para uma visão mais aprofundada sobre o futuro da pesquisa B2B e a aplicação de IA nesse contexto, confira o artigo completo clicando aqui.

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