A Inteligência Artificial é um dos temas mais recorrentes na mídia nos últimos tempos. Além das imagens fabulosas, que nos fazem ter dificuldade de distinguir entre o que é real e o que foi desenvolvido pela IA ou com apoio dela, a tecnologia tem potencialidades enormes para melhorar o trabalho, a produção de bens e serviços, a saúde e a qualidade de vida.
O mundo passa por transformações muito rápidas nesse setor: estudos como da New Scientist mostram que a IA usada para gerar imagens já é capaz de confundir as pessoas: perguntadas sobre o quanto confiariam em fotos apresentadas, os resultados mostraram que as mais confiáveis eram geradas por sistemas e as 4 menos por seres humanos.
Uma nova tecnologia como essa, quando entra de forma definitiva e massiva nas organizações e na sociedade, revela um alto valor e muito mais possibilidades. Em sua palestra “IA para negócios”, a futurista e escritora Martha Gabriel destaca que a grande questão é saber fazer uso da IA com perguntas corretas.
No mercado de trabalho, por exemplo, muitas pessoas pensam que podem ser substituídas por inteligência artificial, mas uma das grandes tendências é aproveitar o que há de melhor na tecnologia. A IA será capaz de aperfeiçoar desde o Marketing e seu conteúdo inovador para movimentar vendas, publicidade e as novas necessidades dos consumidores, até a Medicina, que pode ampliar o conhecimento e a qualificação dos profissionais que souberem fazer as perguntas certas no prompt baseadas em seu repertório. “Por isso, vale lembrar que quem será substituído – se o for- será por outro indivíduo que domine o uso adequado da IA. Não é sobre novas profissões, é sobre novos profissionais”, destaca.
Viver melhor pode ser possível também com o uso da IA. Já existem experimentos focados em auxiliar na resolução de um problema sério para a saúde que é a insônia. São terapias digitais para melhorar o sono que atuam para estimular a parte química do cérebro com o uso de chips que podem recuperar movimentos e outras áreas do órgão responsáveis pela cognição.
De acordo com Martha, a evolução da IA também está indo por esse caminho: ela poderá chegar em um nível geral de criação que, necessariamente, deverá ser controlada e alimentada pelas pessoas. O Machine Learning já faz algo parecido há algum tempo, alimentando a inteligência de máquina. A tendência é que cheguemos a aumentar o nível de consciência da IA alimentando-a com dados e mais dados aliada a uma capacidade maior de processamento.
Os dados inseridos serão os responsáveis por dar algum tipo de retorno positivo da IA para a sociedade. Drones, robôs de serviços e outros dispositivos tendem a ser uma espécie de mistura de nosso corpo biológico com essas tecnologias, ampliando o alcance da nossa atuação no mundo. A robótica é um componente forte dessa tendência, inclusive com exemplos já introduzidos e funcionais, como é o caso da automação avançada e utilização de robôs na indústria, logística e agronegócio, além de robôs colaborativos e sociais.
Na opinião da futurista, essa evolução tecnológica tende, ainda, a colaborar com a sustentabilidade porque os sistemas mais modernos são desenvolvidos com foco em eficiência energética e mais segurança, inclusive realizando trabalhos considerados perigosos para humanos. Esses recursos trazem eficiência e redução de desperdício na cadeia de suprimentos por meio de análise preditiva que, ao reconhecer padrões por meio do exame de dados, evita perda de recursos naturais e emissões de gases poluentes, além de melhorar os transportes, a logística e de fazer previsões climáticas.
Os discursos de persuasão e o storytelling, que são ferramentas importantes para áreas como vendas, educação, análise de crédito, prevenção de fraudes financeiras e recursos humanos, por exemplo, são passíveis de aperfeiçoamento com o uso da IA representando uma forte tendência que já se desenha aos poucos. Revisão de demandas, utilização de estoques, planejamento de rotas, análises e testes de perfis serão feitas de forma muito mais robusta e assertiva por causa da capacidade de análise instantânea de um gigantesco volume de dados que só a IA é capaz de fazer.
O futuro é promissor e muito desse cenário é criado no presente. O que as empresas fazem em termos de pesquisa, testes e investimentos hoje é o que vai determinar para onde vamos. E se depender da Stefanini, a tendência é que todos cheguem muito longe!