História do Grupo e seu “perfil ambidestro” são destacados por acadêmico em case apresentado pela INSEAD em Paris
O Grupo Stefanini está se juntando a um seleto conjunto de empresas cuja trajetória empresarial se destaca a ponto de fazer merecer um estudo de caso em uma das principais escolas de negócios do mundo. É o que torna uma empresa uma referência global em uma determinada disciplina.
Neste mês de setembro, o pesquisador Prof. Felipe Monteiro, da INSEAD, apresenta no Station F, em Paris, o case que mostra como o Grupo Stefanini aproveitou as oportunidades que o mercado ofereceu, mesmo durante momentos de crise global, para se tornar uma empresa global, reinventando sua abordagem mercadológica e sua oferta de produtos ao longo das últimas décadas.
Para o autor do estudo de caso “Stefanini: Building an Ecosystem Strategy in the AI Era”, o Grupo Stefanini possui uma visão estratégica “ambidestra”, que permite ao mesmo tempo aproveitar oportunidades de negócios de curto prazo enquanto promove transformações de longo prazo que manterão a empresa competitiva.
É o que vem acontecendo, por exemplo, com o uso de Inteligência Artificial (IA). Há quase 15 anos, o Grupo Stefanini decidiu investir em IA, por meio de sua venture Woopi, e reinventou seus negócios para incorporar a tecnologia em todas as suas soluções. “O Grupo Stefanini vem se mostrando um exemplo para outras empresas que pretendam competir globalmente em áreas essenciais da economia mundial”, explica o Prof. Monteiro, especialista em competitividade global de empresas.
Professor Afiliado Sênior na área de Estratégia e Diretor Acadêmico do Global Talent Competitiveness Index da INSEAD, ele recebeu 10 vezes a Deans’ Commendation for Excellence in MBA Teaching. Antes da INSEAD, o Prof. Felipe Monteiro foi docente da Wharton School da University of Pennsylvania, nos EUA, onde foi premiado por 4 anos seguidos por suas contribuições e compromisso com a excelência educacional no currículo do MBA da academia.
O autor também foi Pesquisador Sênior na divisão de pesquisas sobre América Latina da Harvard Business School, onde publicou vários estudos de caso sobre multinacionais latino-americanas.
Visão focada em crescimento
De acordo com o Prof. Felipe, a ambidestria do Grupo Stefanini promove novas fontes de crescimento e oferta de valor. O pioneirismo da empresa no uso de Inteligência Artificial, mais de uma década antes do assunto se tornar hype em toda a sociedade, mostra uma visão ampla das oportunidades tecnológicas.
“A IA é uma onda tão grande ou até maior que a internet. Ela trará evoluções de maneira muito mais rápida que a transformação digital das empresas”, diz Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini. O estudo de caso, depois de definir o conceito de ambidestria organizacional, explica como o Grupo Stefanini vem, há 20 anos, utilizando diversas estratégias de curto, médio e longo prazo para ultrapassar os desafios econômicos e políticos, entender os diversos cenários futuros e moldar uma organização flexível para aproveitar as mudanças tecnológicas.
Com isso, o Grupo Stefanini vem sendo capaz de acompanhar, ou mesmo se antecipar, a diversas transformações tecnológicas – do mainframe para microcomputadores, para a Internet, ERPs, transformação digital e, finalmente, a Inteligência Artificial. “Não é simples manter-se relevante em meio a tantas mudanças, pois é preciso manter o foco no presente e ao mesmo tempo criar as bases para as transformações futuras. A importância de estudar empresas ambidestras está justamente em entender como promover esses dois diferentes olhares dentro da cultura organizacional”, analisa o Prof. Monteiro.
Nesse movimento, a liderança tem um papel essencial para o sucesso. “Líderes visionários e proativos são fundamentais para a evolução de empresas ambidestras, antecipando tendências, tomando decisões ousadas que não são óbvias para o mercado e inspirando a equipe”, explica o autor. “No Grupo Stefanini, Marco Stefanini tem esse papel, que permitiu que a empresa se posicionasse ao longo das últimas décadas como uma líder inovadora em escala mundial”, conclui o Prof. Monteiro.
O estudo de caso tem a coautoria dos professores Fabian Salum e Karina Coleta, da Fundação Dom Cabral (FDC). O caso da Stefanini será publicado e distribuído pela INSEAD para todo mundo, tanto em inglês quanto em português.