O Empoderamento da Mulher do Século XXI - Stefanini Brasil

O Empoderamento da Mulher do Século XXI

Os últimos anos e, especialmente neste século, o descortinar da Mulher começou a ser visto em resultados. Começo este artigo externando de como tenho muito orgulho de ser mulher e privilégio de viver neste momento do nosso desbravar.

Por muitos anos, culturalmente a mulher era colocada em segundo plano, com poucas oportunidades e com campo restrito para crescer, aprender e, muito menos, se destacar. Mesmo com tantos desafios, principalmente com a administração do tempo, a mulher tem conquistado e consolidado seu espaço.

A jornada da evolução da mulher não foi nada rápida e muito menos fácil.

É notório o avanço da mulher, principalmente quando falamos em mercado de trabalho, em ela estudar e ter acesso as oportunidades de mercado, mas também ainda é inegável que os desafios estão presentes como resquício de uma mentalidade ultrapassada que exerce ainda influência na discriminação da mulher nos dias atuais.

Até a década de 1940, quando a industrialização começou acontecer no Brasil, a grande maioria das mulheres eram as “do LAR”, cuidavam da casa, marido e filhos, sem acesso ao mundo de fora, sem direito de escolha.

A indústria começou a demandar trabalho e as mulheres iniciaram sua jornada, mesmo com desigualdade, por meio da diferença de salários. Ganhavam menos porque eram consideradas menos capacitadas, sofriam com a mentalidade rasa da época. Mas as mulheres não desistiram e, somente à partir dos anos 70 que elas começaram, de fato, a ocupar outros espaços fora das casas, passando a exercer funções consideradas um pouco mais relevantes pela sociedade, como de costureiras, professoras ou funcionárias do comércio.

Tudo é uma construção, não existem atalhos, ainda mais falando de mudança de cultura, mas as mulheres foram conquistando seu espaço ao longo das décadas e fazendo-se presente, mostrando seus resultados.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), menos de 14% das mulheres tinham emprego nos anos 1950, e o último censo (2010) mostra que esse número passou para 49,9%.

Hoje, muitas mulheres no Brasil perfazem consideravelmente o orçamento da família, trabalham em diferentes áreas do mercado e possuem os próprios planos de carreira. Além disso, elas estão sempre em busca de mais qualificação para conseguir vagas de emprego melhores e com mais benefícios. Mas, mais do que isso, elas estão sendo vocais com o direito de exercer suas escolhas e serem elas, com sua autenticidade de acordo com suas competências e forças primárias.

Ninguém para uma mulher determinada e com propósito.

 

Os desafios ainda são grandes, mas não intransponíveis

Ainda existe a desigualdade de Cargos e Salários e para exemplificar, um estudo realizado em 2018, mostra que o rendimento médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens, além da disparidade de cargos ocupados por ambos.

 

Um grande desafio da mulher, conforme já citado, é a administração do tempo, com sua jornada dupla

Embora as mulheres tenham passado a ter trabalhos remunerados, isso não as isentou do trabalho doméstico. De acordo com pesquisa do IBGE, as mulheres gastam o dobro de tempo dos homens em atividades domésticas. Enquanto eles gastam em média 10,9 horas por semana, as mulheres gastam 21,3 horas.

Quando escutamos falar que mulheres são guerreiras, não entendo como romantizar o status mulher, eu levo ao pé da letra mesmo, guerreiras, que buscam resiliência para conciliarem suas tarefas sem comprometer a qualidade de entrega. Mas a maior desigualdade ainda está relacionada ao lugar ocupado por homens e mulheres na hierarquia das empresas. Tanto que isso é o que justifica parte da desigualdade salarial. Mesmo já sendo maioria em algumas profissões, os homens ainda dominam os cargos mais altos. Porém, é impossível fechar os olhos para a importância da participação feminina no contexto sócio econômico. 

É uma contribuição importante para a expansão da economia global e uma das pautas da reunião do G20, grupo do qual o Brasil faz parte, foi estabelecido metas para a redução da desigualdade de gênero nas maiores economias do mundo. Até 2025, o Brasil precisa reduzir a diferença entre homens e mulheres em 25%. Ainda que leve um tempo para superar todos os desafios da desigualdade, a mulher não desiste e vêm ganhando espaço graças aos próprios esforços.

Mulheres inspiradoras, mulheres fazendo a diferença por onde passam.

Grande parte das conquistas das mulheres no mercado de trabalho está ligada ao maior nível de qualificação. Por isso, elas continuam a investir na sua educação para voar cada vez mais alto.

 

O empoderamento da Mulher do Século XXI vem descortinando um novo palco a ser experenciado

Empoderamento na minha visão não tem a ver necessariamente com dinheiro, cargo, status, condição social, o real empoderamento é a mulher viver o seu potencial pleno, ter o direito de decidir e viver para ela e não viver pelo outro, submissa ao outro e em alguns casos machucada ou paralisada pelo outro.

Empoderamento é a consciência da capacidade da mulher em desenvolver-se e escolher ser ela mesma.

Ao longo da minha caminhada prestando consultoria, nas palestras, workshops, treinamentos e conversando com muitas mulheres, fico impressionada com o nosso potencial, com nossas habilidades como mulher, mas infelizmente tenho me deparado com muitas mulheres que não enxergam  o seu potencial, se anulando, vivendo com um choro calado, aceitando condições de pressão psicológica, desprezo, falta de amor e atenção, mulheres que querem crescer e não conseguem, mulheres que sofrem caladinhas e disfarçam com um sorriso no rosto, mas por dentro um terremoto de sentimentos e dores e, muitas vezes, também sofrendo  agressões físicas.

O despertar para empoderar-se é exatamente esta conscientização do direito e liberdade que a mulher tem, tomar posse e viver.

Nossos antepassados trouxeram a bagagem culturalmente imposta que mulheres teriam apenas que ACEITAR, mas hoje entendemos que existem outras opções.

 

Decisão e Ações

A decisão é a primeira chave que a Mulher Empoderada pega todos os dias. Ela decide ser ELA. Ela decide fazer por ela para crescer, e contribuir.

Tem muitas mulheres que se doam para o outro, fazem tudo para o outro, mas para ela, nada sobra, nada fica.

Existe uma sobrecarga na mulher e, com isso tem um distanciamento dela com ela, mas este quadro tem sido revertido diariamente porque a conscientização da mulher que ela tem a sua identidade, tem capacidade e merece ser o que quer, tem quebrado paradigmas e feito a diferença.

 

Empoderamento da mulher começa pela decisão

Empoderar é um ato de darmos  poder para nós mesmas, ou seja, recrutarmos nossas forças, habilidades, vontades para externar. Esta conscientização, este movimento lindo das mulheres tem feito uma grande diferença em vários aspectos socio-culturais. Que daí já entro na segunda chave da Mulher Empoderada, que são suas Ações. Decidir é um passo importante e determinante, porém o grande desafio é a materialização destas decisões que resultem em resultados. Os resultados que selam e sobrepõem argumentos infundados da fragilidade e incapacidade da mulher.

 

As ações da força feminina vem tomando corpo e potência a cada ano

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil poderia expandir sua economia em até R$ 382 bilhões ao longo de oito anos. Isso dependeria de aumentar em 1/4 a inserção das mulheres no mercado de trabalho até 2025. Por trás dessa meta, está uma questão lógica: um país só é capaz de se desenvolver se houver igualdade e justiça social.

Hoje nos deparamos com um movimento presente e relevante de homens apoiando as mulheres, homens que não enxergam concorrência e sim a cooperação, homens que dividem ainda mais as tarefas de casa, homens mudando também a forma de enxergar suas atribuições e vivendo no quadrante do crescer e contribuir juntos com as mulheres.

Isso é progresso, isso é mentalidade de crescimento, cooperação que contribuirá ainda mais para um mundo melhor para todos.

Empresas com mindset de crescimento e inovador, já entenderam que as mulheres dominam uma série de competências que podem ser muito úteis para tornar as empresas mais produtivas e qualificar seus resultados.

As ações das mulheres, sua relevância, têm sido gradativas e progressivas. 

Tríade da Mulher Empoderada:  Ela é ela, Ela é Capaz e Ela Merece

A mulher empoderada tem muito forte a sua liberdade de escolher ser ela mesma e busca a sua identidade todos os dias. Essa é a base da sua construção de vida. Ela não deixa que ninguém a descaracterize.

Uma mulher que pode sim decidir e agir em crescer para contribuir ainda mais com este mundo que precisa de mulheres empoderadas, mulheres de high performance, que não abaixam a sua cabeça para as dificuldades, mas encaram com um olhar do “como”. “Como eu posso ajudar nesta situação?” “Como eu posso sair dessa situação?

 

As mulheres empoderadas são desconectadas dos preconceitos e apreciam e lutam pela diversidade

O segundo passo desta tríade da Mulher Empoderada é entender a sua capacidade de realizar. Quantos rótulos ganhos que as Mulheres do Século XXI tem arquivado de forma tão linda e ressignificado a sua jornada.

O empoderamento feminino tem revelado este resgate da capacidade, e jogando por terra a ideia da limitação. E por último, nesta tríade da Mulher empoderada, está o resultado, o “ter”, o merecer usufruir de tudo aquilo que construiu.

Hoje a mulher do século XXI, a Mulher Empoderada, busca o autoconhecimento, se prepara, olha mais para si, ela tem a escolha de usar suas forças.

Finalizo este artigo com a frase de Oprah Winfrey:

Crie a melhor, a mais grandiosa visão possível para a sua vida, porque você se torna aquilo que você acredita.

Feliz Dia Internacional da Mulher!

(*) Shirley Fernandes  é Diretora Comercial da N1IT empresa do Grupo Stefanini

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