Entenda por que o Design Ops é aliado das metodologias ágeis - Stefanini Brasil

Entenda por que o Design Ops é aliado das metodologias ágeis

O Design Ops não chega a ser uma novidade assim, tão recente. O termo veio a público pela primeira vez em 2017, quando Kristin Skinner, Meredith Black e Dave Malouf, referências no segmento de Design, começaram a utilizá-lo em artigos, palestras e conversas informais.

Eles já entendiam naquela época que, hoje, o cliente exige muito mais quando se relaciona com as empresas. Afinal, como aponta a pesquisa CX Trends 2020, da Zendesk, 70% deles esperam que as marcas tenham times que cooperem entre si. Ainda, 68% revelam ficar irritados quando suas chamadas são transferidas entre departamentos.

Para resolver desafios como esses, os profissionais de Design precisam se reinventar a cada dia. E é nesse contexto que o Design Ops desponta enquanto uma nova abordagem. Veja como funciona!

O que é Design Ops?

O termo Design Ops é, de certa forma, derivado do DevOps, usado para designar a equipe ou o profissional de operações (Ops) no desenvolvimento de sites. Essa nova nomenclatura reflete a crescente sofisticação dos setores de Design nas empresas e uma nova abordagem na criação de soluções em User Experience (UX).

Nesse caso, uma empresa pode contar tanto com uma equipe voltada para Design Ops como ter apenas um profissional com esse título. O que importa é que o Design seja tratado enquanto um setor fundamental aos negócios e não apenas como uma especialidade subordinada aos engenheiros e desenvolvedores.

Quais são os objetivos do Design Ops?

Uma questão importante a respeito do Design Ops é que, embora seja operacional, ele é, sobretudo, estratégico. Vejamos, então, a questão do “pingue-pongue” de chamadas entre setores levantada na introdução. Será que esse problema não seria evitável se o design de um site fosse pensado para ajudar o cliente a tirar dúvidas e resolver sua vida de primeira?

Note que, nesse caso, o Design não é meramente uma questão de estilo ou de botões com cores diferentes. Aqui, o termo tem mais a ver com sua tradução literal, ou seja, a proposta do Design Ops é “desenhar” processos, esquemas e fluxos que levem a respostas efetivas e não a outros problemas.

Sendo assim, o Design Ops, paralelamente ao Design System, deve entrar para a cultura da empresa tendo em vista os objetivos a seguir.

Tornar os processos em Design escaláveis

Um sinal de que a empresa já pode começar a pensar em definir um time de Design Ops é quando os profissionais generalistas já não dão conta das demandas que chegam. Em outras palavras, quanto mais complexos os desafios, maior a necessidade de especializar os designers.

Isso leva o setor a se tornar escalável com o tempo, dependendo de cada vez menos recursos enquanto entrega produtos com mais valor agregado. Esse é, inclusive, um dos pilares do Design System — uma espécie de desdobramento do Design Ops, que serve para orientar o relacionamento entre designers e desenvolvedores.

Dar respostas a desafios crescentes

Todo novo conceito de trabalho tem uma teoria por trás e com o Design Ops não é diferente, já que ele também se vale dos princípios de Design Thinking. Essa nova abordagem, mais enriquecida, permite que as empresas que dependem de soluções visuais em seus produtos tenham uma capacidade de resposta muito maior.

Seria como uma oficina mecânica que, especializada apenas em carros antigos com carburador, passasse a trabalhar com os mais modernos equipamentos de injeção eletrônica. Percebe a diferença? O Design Ops é, portanto, a evolução natural desse segmento. Ele deixa de ser um simples cumpridor de tarefas repassadas pelos desenvolvedores para se tornar um aliado estratégico.

Desburocratizar as rotinas

Como veremos mais à frente, a proposta dessa nova abordagem é agilizar as rotinas, focando no que realmente importa, o cliente. Dessa forma, o Design Ops pode ser desmembrado da seguinte forma:

  • estrutura do time — centralizado (em um mesmo lugar, por exemplo), descentralizado (com profissionais multidisciplinares) ou híbrido;
  • comunicação — de forma a evitar os “silos” de profissionais;
  • workflows — os processos de interação dos designers com outros profissionais e entre eles próprios;
  • tooling — processo de análise e implementação de ferramentas de trabalho;
  • design system — o conjunto de práticas, ferramentas e linguagens de uso interno entre os especialistas em design e desenvolvedores.

Melhorar a comunicação entre designers e outras instâncias

Ainda que equipes enxutas de designers sejam mais fáceis de gerenciar, nem sempre é garantida a sinergia entre os profissionais desse ramo com os de outras áreas. Em alguns casos, os designers precisarão dialogar constantemente com leigos dentro da empresa ou mesmo com o cliente final.

Para esses e outros casos parecidos, uma abordagem em Design Ops pode ajudar a superar possíveis entraves porque, como vimos, um de seus pilares é a comunicação. Além disso, seus profissionais também têm como prerrogativa cocriar soluções para que as empresas se relacionem melhor, tanto interna quanto externamente.

Afinal, o profissional Ops é responsável não apenas por equipes e processos, mas por pessoas. É nesse aspecto que ele se diferencia da figura do Product Owner, um dos profissionais-chave na implementação da metodologia Scrum.

Por que a empresa deve investir em Design Ops?

Na mesma linha de ação do Design Sprint, o Design Ops é a forma que as empresas de vanguarda vêm adotando para se inserir em um contexto em que a inovação é tudo. Por isso, se em sua organização os designers ainda não têm voz ou não dialogam com os setores mais importantes, talvez seja hora de rever seu modelo de negócios.

Afinal, de acordo com a CX Trends 2020, citada anteriormente, menos de 30% das empresas oferecem soluções aos seus clientes em tempo real. Dessa forma, quem conta com equipes com foco em Design Ops têm muito mais chances de sair na frente da concorrência e, assim, de conquistar fatias maiores do mercado.

Como aliar Design Ops às metodologias ágeis?

Finalmente, vale destacar uma aliança fundamental para o sucesso em uma concepção de negócios com foco em soluções — a dobradinha Design Ops e metodologia ágil. Esse modelo de organização de equipes tem como objetivo o desenvolvimento de soluções mais específicas.

Conforme os preceitos ágeis, os times de profissionais são autônomos, focados em projetos e na adoção de indicadores conforme a demanda. Dessa forma, o Design Ops passa a ser “turbinado” com as melhores práticas em trabalho em equipe, gerando muito mais valor à empresa, clientes e, claro, aos próprios designers. Vale a pena investir nessa ideia.

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