A sociedade está cada vez mais em busca de seus Moonshots – termo usado para pensar em soluções com resultados positivos de ganhos na casa dos 10x mais, ao invés de 10%. Pensar nessas soluções e dar saltos significativos só são possíveis graças ao domínio de super tecnologias, tais como Big Data, Analytics, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial, Blockchain, Ciência da Matéria, Nanotecnologia, Biotecnologia, Robótica, entre outras.
Toda inovação tecnológica é contagiosa (no bom sentido), porém há seis grandes desafios que ameaçam sua adoção nas organizações:
Desafio #1: Essa ideia vai canibalizar nossas vendas atuais. Bom, se você ainda pensa dessa forma, sinto lhe dizer que já existe alguém trabalhando em alguma solução que irá acabar com seu negócio atual. Logo, é melhor que você faça isso consigo mesmo, certo?
Desafio#2: Essa ideia usa produtos de concorrentes. Nesse novo mundo não há concorrências. Os limites das empresas pouco importam. O que importa é a capacidade de a empresa criar um ecossistema inovador sustentável.
Desafio#3: Essa ideia necessita de habilidades que não temos. Mas essa não é essência de qualquer trabalho? Somos pagos para fazer algo que não sabemos.
Desafio#4: Não foi criado aqui. Nessa altura do campeonato você acha que ainda dá para passar a “mão na cabeça” do EGO? A chave do sucesso hoje está na cocriação. Duas cabeças vão sempre pensar melhor que uma. A criação, aquela mente única e brilhante – comum no mundo publicitário do passado – já está eternamente guardando na série Mad Man.
Desafio#5: Projetos Zumbi. Esses são, de fato, o grande dilema dos executivos. Como identificar se um projeto em seu backlog atual não criará um morto-vivo lá na frente, impedindo que a empresa inove? Saber identificar e não permitir esses projetos são fundamentais. A melhor forma é ter foco sempre em seus produtos mínimos viáveis (MVPs).
Desafio#6: Regulamentações. Esse último desafio merece um destaque especial. “O que fazer com elas?” Essa é a pergunta que você deve estar se fazendo, certo? Então tomo a liberdade de lhe fazer mais duas perguntas:
1) Será que quando apenas existiam cavalos nas ruas, as pessoas já se preocupavam com os semáforos? Ou foi só com a chegada dos carros que começaram a se preocupar?
2) Você quer esperar pelas regulamentações para que tenha um prazo maior para fazer as coisas, ou prefere aproveitar o momento, em que ninguém está te pressionando, para inovar?
A menos que sua empresa esteja totalmente confortável, manter o “status quo” não é estratégia. Portanto, livre-se dos desafios acima e faça acontecer!
(*) Breno Barros é diretor global de Inovação e Negócios Digitais da Stefanini