Começar com squad ágil: saiba o que não fazer - Stefanini Brasil

Começar com squad ágil: saiba o que não fazer

Começar com squad ágil pode ser bastante desafiador, mas, a julgar pelo melhor exemplo de sucesso com essa metodologia — o Spotify —, é possível aplicá-la com êxito. Embora tenha nascido no contexto das startups, sua popularidade vem crescendo e, ao que tudo indica, empresas de outros nichos também poderão adotá-la.

Antes de entender o que significa a organização squad, no entanto, é preciso se apropriar do que lhe serviu de inspiração: a metodologia ágil. Vamos ver, então, como ela funciona?

Entenda o que é metodologia ágil

O desenvolvimento ágil é um dos pilares da metodologia que nasceu em 2001 por meio do Manifesto Ágil. Ele se baseia em quatro pontos:

  • indivíduos e interações mais que processos e ferramentas;
  • software em funcionamento mais que documentação abrangente;
  • colaboração com o cliente mais que negociação de contratos;
  • responder a mudanças mais que seguir um plano.

A metodologia ágil foi criada por um grupo de programadores que entenderam que, mais do que hierarquia e organização, os profissionais de tecnologia precisam de resultados. Esses pontos dão origem a 12 princípios pelos quais uma desenvolvedora de softwares pauta suas operações e orienta decisões.

Saiba o que não fazer

Seja qual for seu nicho, uma coisa é certa: os impactos da transformação digital estão sendo sentidos por empresas de todos os ramos e quem não se ajustar vai ficar para trás.

Embora individualmente cada um tenha sua forma de trabalhar — e para alguns ela funcione —, no geral, a tendência aponta para uma cultura de trabalho mais participativa. Então, empresas que pretendem aderir à metodologia ágil/squad precisam ficar atentas e evitar os comportamentos listados a seguir.

Não compartilhar

A metodologia ágil sugere, por exemplo, que a pessoa ocupando o cargo de eXtreme Programming esteja em contato constante com seus clientes. Esse princípio é válido também aos membros dos squads (equipes dedicadas ao sucesso do cliente) formados por profissionais de diversas especialidades.

A cultura do compartilhamento vale para quase tudo no âmbito profissional: conhecimento, experiência e até valores éticos e morais que possam somar. Dessa forma, ganha a empresa, com processos transparentes e, claro, o cliente final.

Não se comunicar

Além dos squads, nessa nova metodologia existem os chamados guilds, dos quais falaremos mais à frente. Por agora, basta saber que esse último grupo é formado por profissionais que interagem com todos os escalões da empresa. Imagine, então, se entre eles e as equipes com quem interagem a comunicação for insuficiente? O resultado não pode ser bom, concorda?

Ademais, as empresas nas quais os profissionais se comunicam de um jeito maduro e direto acabam por gerar melhores experiências do cliente. Considerando que hoje os consumidores são exigentes e dialogam por múltiplos canais, comunicar-se bem faz toda a diferença.

Não envolver

Envolvimento é, de certa forma, quando todos compactuam das mesmas aspirações e dialogam na mesma sintonia. Sendo assim, se algum membro ou equipe em sua empresa se mostra pouco envolvido, pode ser sinal de falhas nos seus processos ou eles já deram o que tinham para dar. Nesse caso, avalie o custo-benefício: vale a pena ou não abrir mão de um colaborador que não se envolve, mas que gera resultados?

Não dar autonomia

Já a questão da autonomia precisa ser tratada com ainda mais cuidado. Afinal, é preciso que as funções estratégicas sejam ocupadas pelos profissionais mais qualificados. Somente quando as pessoas certas estão nos lugares certos a autonomia nas tomadas de decisão passa a ser um verdadeiro trunfo à empresa.

Descubra como começar com squad ágil

A metodologia ágil Scrum, como se pode perceber, depende de mudanças que, para certas empresas, podem ser bem profundas por implicar mudança de cultura e de atitudes. Para minimizar os impactos de um processo dessa envergadura, tente começar abordando os aspectos listados abaixo.

Descentralize os projetos

Rigidez hierárquica pode ser boa em alguns setores, mas, para empresas de tecnologia ou que pretendem entrar na era digital, ela é um problema. Por isso, na metodologia ágil/squad é preciso aprender a trabalhar por projeto, cada um delegado a equipes independentes.

Estimule a autonomia

Uma vez que sua empresa tenha desenvolvido a cultura de trabalhar por projetos descentralizados, você terá uma base para estimular a autonomia. Mas, atenção, conceder autonomia não significa que vale tudo! As equipes e seus líderes têm liberdade para decidir o que fazer, desde que essas decisões estejam alinhadas às metas da empresa e às orientações da liderança.

Organize squads, tribes, guilds e chapters

Esse é o ponto em que, de fato, sua empresa pode mudar para a metodologia ágil conforme sua versão “Spotify”. Nela, o negócio passa a dividir seus setores da seguinte maneira:

  • squads — como vimos, consistem em equipes multidisciplinares dedicadas a clientes específicos;
  • tribes — são agrupamentos de vários squads, sendo indicados a empresas de grande porte, com limitação sugerida de 100 membros por tribo;
  • chapters — profissionais de uma mesma área dentro de uma tribe;
  • guilds — grupos autônomos dedicados a estudar soluções dentro de um mesmo domínio de conhecimento.

Adote uma comunicação direta e frequente

A organização nesses quatro tipos de grupos, para o Spotify, trouxe ótimos resultados porque a empresa passou a falar uma língua comum. É uma situação diferente da que acontece nas organizações mais conservadoras. Nelas, cada setor é formado por profissionais de uma mesma especialidade, o que acaba por estimular a formação de nichos isolados.

Dessa forma, fica difícil a comunicação e, em consequência, ela passa a ser menos frequente. Esse é, no final das contas, o grande objetivo do Manifesto Ágil e da metodologia criada a partir dele: eliminar os entraves que podem levar uma empresa a perder competitividade, seja pela falta de comunicação entre seus membros, seja por posturas demasiadamente egocêntricas.

Crie um circuito colaborativo

Uma vez que a cultura da empresa tenha se modificado ou fortalecido o bastante para que a autonomia seja o seu “normal”, a consequência esperada é que as pessoas colaborem mais entre si. Forma-se, então, um circuito colaborativo, no qual os ganhos passam a ser mútuos e o crescimento é geral.

Como se vê, começar com squad ágil pode demandar algum esforço, mas, se o processo de mudança for bem conduzido, a tendência é que ele mude sua empresa para a melhor. Lembre-se apenas de que, nos negócios, não existe receita de bolo, então, sempre há riscos que precisam ser avaliados antes de qualquer mudança.

Para ajudar sua empresa a entrar de vez no squad ágil, conte com a Stefanini e nossas soluções digitais. Fale conosco hoje mesmo!

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